Estado da Nação.

Na semana passada vi na RTP1 da serie Contado por Mulheres o filme O Pio dos Mochos e de seguida vi o programa É ou não É do dia 23/1/24. Recomendo bastante. E fiquei a pensar tanto que comecei a escrever…

Cresci com um pai que sempre votou na direita sem qualquer consciência do que estava a fazer, influenciado por patrões e familiares 🙁 e com uma mãe que sempre votou na esquerda, seguindo o exemplo do seu pai, o meu querido avô, Ilídio, que viveu o duro e obscuro período da Ditadura, do principio ao fim, tal como ambos os meus pais que nasceram durante esse período. Tal como estava a dizer, o meu avô por ter vivido esse período negro da nossa Historia, uma vida de miséria, sempre fez por dar e transmitir o melhor aos filhos e netos.

Sempre que havia eleições a minha mãe tinha de levar com o meu pai perguntar-lhe em quem é que ela tinha votado… Como se continuassem a viver no tempo da ditadura 🙁 É claro que a minha mãe mantinha sempre a postura dela porque o voto é secreto! Lembro-me bem do meu avô me ter dado um autocolante lindo com o sol a dizer “Soares é Fixe” das eleições de 1986, tinha eu 9 anos, e da minha mãe me ter pedido para não mostrar ao meu pai… e lembro-me disso me ter deixado mesmo triste e cabisbaixa 🙁

Hoje digo que Soares foi mesmo muito fixe pois deu-nos o SNS e melhores acessos à educação. Aliás e digo mais, ele salvou o país dos problemas causados pela Ditadura, fez o que podia, coisa que a direita do Cavaco só se preocupou com auto-estradas… que estão constantemente a precisar de manutenção…

Desde que comecei a votar que só votei uma única vez na direita em Portugal e foi no PSD de Pedro Passos Coelho que depois me convidou a abandonar o país e aqui no Reino Unido votei no partido dos Conservadores para a Camara de Londres contrariando o meu instinto que dizia para eu votar no representante da esquerda, o partido Labour, Sadiq Khan que felizmente acabou por vencer as eleições 🙂

No ano em que comemoramos meio Século de Liberdade peço a todos que votem com consciência pois por minha vontade será sempre: 25 de Abril, Sempre! Fachismo nunca mais! Não passarão!

Que nunca nos faltem cravos vermelhos para festejar a Liberdade!

Vaga de Viroses.

Estes livros foram recomendados no workshop do NHS que fiz no final do ano passado.

Por aqui terminei o ano doente… e comecei o ano doente 🙁 Haja saude!… Ops! Com a ajuda do GP através da app do NHS consegui ficar melhor mas demorou mais de duas semanas. As dores eram muito fortes do lado esquerdo, tive nauseas, diarreia… e parece que não fui a única pois a Madalena Abecassis também esteve assim e descreveu na perfeição o que eu estava a sentir. E parece que ela ainda anda nos medicos a fazer exames… Acabou de fazer uma colonoscopia, como eu fiz ha um ano atras e uma endoscopia, que ainda não livrei de ter de fazer… se os sintomas que falei acima voltarem e não desaparecerem de vez…

E noticias como esta que me chegam de Portugal deixam-me muito preocupada 🙁 Como é possível?… 🙁 E nao culpo o actual governo… culpo o governo anterior que mandou os profissionais de saude emigrarem e a partir daí o SNS entrou em colapso 🙁 O actual governo apenas tentou remediar a situação mas não foi fácil pois teve de lidar com a Pandemia 🙁

Canjinha… esta foi a minha dieta de final e inicio de ano…

Costumo dizer que o nosso intestino tem uma especie de relação de amor/ódio com o nosso cérebro… Curioso, não? Então, vejamos se o nosso cérebro nos pede alimentos que gostamos muito, normalmente a nossa barriga, ou seja, o nosso intestino não gosta, não é verdade?… Sentimo-nos mal-dispostos, com afrontamentos, enjoados…

É caso para dizer que tudo o que sabe bem ou faz mal ou é pecado, certo?

Listen to your Gut! – (Ouve o teu instinto!) Gosto muito desta expressão em inglês. Ja repararam que as duas palavras, instinto e intestino, são parecidas? Ja em inglês a mesma palavra tem o duplo significado 🙂 Curiosidades 😀

E realmente, o nosso intestino acaba por ter sempre razão e nós ignoramos-lo tanto 🙁

Eu falo por mim, durante anos ignorei o meu intestino e agora estou a sofrer as consequências disso. Quer se dizer, não foi só por isso, infelizmente os problemas de saude feminina também se confundem bastante com os problemas de foro do aparelho digestivo. Quantas vezes nas urgências do Hospital de Gaia me deram clísteres para me despacharem dizendo que o meu problema de ovários policísticos eram… gases 🙁 Saía de lá tão envergonhada sem ter culpa nenhuma… o que é certo é que o stress e a ansiedade não ajudam nada o intestino. Ja repararam que quando estamos tristes a barriga dói? Isto acontece desde que somos pequeninos. Está tudo relacionado…

É um exercício muito difícil este processo de ensinar o nosso cérebro a lidar com o nosso intestino porque ha sempre coisas para fazer. Falo mais uma vez por mim… A minha maior dificuldade é relaxar… Posso parecer uma pessoa muito calma mas por dentro sou turbilhão 😛 Estou sempre em coisas que tenho de fazer e isso não ajuda. Mas ja estou melhor: Enquanto dou as minhas caminhadas ouço podcasts ou audiobooks. Voltei às leituras, o que ajuda bastante a acalmar o coração e escrever também me ajuda a deitar cá para fora 🙂

Comecei o ano passado a fazer terapia por causa da Menopausa através do TalkWorks do NHS que me ajudou bastante e terminei com um workshop sobre IBS (SII – Síndrome do Intestino Irritável) uma vez que fui diagnosticada e devo dizer que o workshop me ajudou bastante.

Deixo-vos com o podcast Em Banho Maria que me foi recomendado pela minha amiga nutricionista e que gosto muito de seguir pois aprendo muito com ele 🙂

Os Traidores UK T2

Começo por vos fazer uma pergunta:

És Fiel ou Traidor?

Confesso que sou fiel, quem me conhece sabe que o sou a 100%, e por esse motivo eu não conseguia entrar neste programa, não me vejo como traidora… talvez por ja ter sido traída. Sou demasiado ingênua e deixo-me levar muito facilmente… quer dizer com a idade e com as desilusões da vida estou mais reservada. Neste momento tenho muita dificuldade em fazer amizades novas com muito receio de me magoar mas também sei que tenho de trabalhar isto e dar a volta 🙂

Nesta sexta-feira assisti à final da segunda temporada do programa Traidores daqui do UK, e adormeci a pensar em tudo o que aconteceu e no dia seguinte acordei a continuar a pensar no programa 🙂

Os 3 finalistas foram dois rapazes, Jaz (fiel), Harry (traidor) e uma rapariga, Mollie (fiel). No ultimo momento, Mollie decide acabar o jogo de forma a repartir o dinheiro, £95000, pelos 3, uma vez que ela acreditava que ja não existia traidores entre eles mas Jaz pressentia que Harry era traidor e por esse motivo quis continuar com o jogo e o Harry também, pois levado pela ganancia, a sua estratégia era ficar com o dinheiro todo para ele. E na hora em que a Mollie estava a escrever o nome do Harry para o expulsar olha para ele e pergunta baixinho: és um traidor? E ele responde muito convincente: Não, não sou! E nisto, ela muda o nome e escreve o nome do Jaz. E assim, Jaz sai do jogo. Ficam os dois, frente a frente, e ambos fazem as revelações, Mollie diz que é fiel e Harry revela que é… desde o início… um traidor! Deixando a MOllie completamente de rastos e sem reação, saindo da sala completamente passada. 🙁

E assim se reconhece uma boa pessoa de uma pessoa gananciosa e sem princípios, pois o Harry se tivesse intenções de dividir o dinheiro tinha terminado o jogo como a Mollie queria fazer.

Mollie Pearce é uma modelo com uma deficiência física que ha 3 anos atras de se submeter uma cirurgia para remover o cólon e desde então usa  bolsa de colostomia. É uma pessoa dedicada em ajudar os outros na sua causa. Agora imaginem como ficou a auto-estima dela ao saber que uma pessoa que ela tinha como amiga, em quem ela confiava… a”traiu”?

Eu sei que isto é um jogo mas as pessoas acabam sempre criar laços e sentimentos de amizade…

Deixo-vos com a reação final da Mollie ao ver o Harry revelar que era um traidor… 🙁

https://twitter.com/thingstily/status/1751011535311315305?s=12&t=8OCGEK7IQqIO0hc0TrEPsw

E agora, vou finalmente ver Os Traidores PT. Ja viram? 😉

Favoritos de… 2023.

Fui mais uma vez inspirada pela Andreia Morais e por isso hoje trago-vos os meus favoritos deste ano que agora termina 🙂 Adoro ser inspirada desta forma e so tenho a agradecer a quem o faz 🙂

1. Terapia. – fiz terapia pela primeira vez na vida muito por culpa da Menopausa e recomendo a toda gente. Todos nos devemos fazer terapia. E eu estou muito grata ao TalkWorks do NHS.

2.Family Time. – Para alem da terapia, passar tempo em familia é das melhores coisas da vida. 🙂

3.Fairy Tale – Stephen King. – Foi das leituras que mais me marcou este ano. Ouvi em audio e foi uma excelente companhia nos meados de 2023 🙂

Romance inédito do mestre do terror e suspense, Stephen King, Conto de Fadas é uma história fascinante e assustadora sobre um garoto que descobre um novo mundo, onde Bem e Mal estão em guerra…

4.Menina Alzira. – Gosto tanto das conversas entre mãe e filho deste podcast. A mãe do Jose Luis Peixoto faz-me lembrar tanto a minha mãe e estas conversas fazem-me lembrar as conversas que eu tinha com ela.

5.Praia. – Sou feliz ao pe do mar e isso faz-me tao bem 🙂 Melhor terapia que pode haver 🙂

6.Extremamente Desagradável. – O melhor podcast do ano 🙂 Palavras para quê? 😀 A Joana lê as nossas mentes e diverte-nos tanto 😀 Porque rir é mesmo melhor remedio 😀

7.Festa. – Festejar os aniversários dos meus amores em Julho 🙂

8. Isso não se diz. – Gosto de começar a semana com os pensamentos do Bruno Nogueira e ja não os dispenso 🙂

9.Coisa que não edifica nem destrói. – No final do ano, comecei a ouvir o novo podcast do Ricardo Araujo Pereira e recomendo pois tenho aprendido mesmo com ele.

10. Lessons of Chemistry. – Para mim foi a minha serie do ano como falei aqui.

11. Doctor Who. – The Doctor is Back! Tradição de final do ano e conta com a produção mais uma vez do mestre Russel T. Davis, também produtor de It’s a Sin que podem ver no Netflix🙂

12. Call The Midwife. – Mais uma tradição do Dia de Natal, desde que estamos ca no Reino Unido, choramos com casos cheios de emoção desta serie porque os sentimos bastante, lembrando nos sempre do que passamos para ter o nosso bebe 🙂

Venha 2024!

Um Livro, Um Filme.

A Improvável Jornada de Harold Fry.

Sabem o que mais me atraiu neste livro/filme? A sua historia começa aqui, no sitio onde vivemos, no belo condado de Devon, a sudoeste de Inglaterra.

Fiquei rendida à escrita de Rachel Joyce, pois gostei muito da forma natural como descreve os acontecimentos e ambientes. Tocou-me bastante. Tanto que ja comecei a ler o ultimo livro dela: Maureen e o Anjo do Norte. Que como devem estar a pensar é no seguimento da historia do primeiro livro que deu origem ao fim da caminhada de Harold Fry. Só tenho a agradecer-lhe pois voltei à rotina das minhas leituras. Um capitulo de cada vez e la vou conseguindo, é a minha tactica 🙂

E por falar em caminhadas, eu revi tanto na personagem principal do Harold porque caminhar é das coisas que eu mais gosto de fazer. Ainda por cima com um propósito tao bonito. Salvar alguém. Pode ate nem acontecer mas o simples acto de tentar às vezes é o suficiente. Porque se não fizeres, nunca vais saber se deu certo…

Eu encaro o acto impulsivo do Harold como um escape. No bom sentido, como boa pessoa que ele é. Harold é uma pessoa tímida tal como eu. Por isso me identifiquei tanto com esta personagem.

Ele recebe uma carta de uma amiga a dizer que está doente, como um cancro terminal, e através de um conselho de uma miúda que trabalha num supermercado, ele decide ruma, desde a sua terra no sul de Inglaterra, ate ao norte de Inglaterra, fronteira com a Escócia, a pé com os seus sapatos de vela… Quem nunca? 🙂 E a partir daí a aventura continua. devo lembrar que Harold é um homem de idade nos 60, acabado de se reformar sem preparação física nenhuma pois apenas estava habituado a andar de carro como a maioria da população inglesa… E a medida que Harold vai caminhando na sua jornada, as memórias e sentimentos vai aparecendo e vai conhecendo pessoas novas com historias diferentes para partilhar com ele.

O filme conta também com nomes conhecidos como Penelope Wilton (After Life) no papel de Maureen Fry, Jim Broadbert (conhecido professor em Harry Potter) como Harold Fry e Linda Basset (Call the Midwife) no papel de Quennie Henessie.

A Improvável Jornada de Harold Fry também não é uma história verdadeira (apesar de ter tudo para o ser) sobre um homem idoso que recebe uma carta de uma velha amiga, Queenie, que desempenhou um papel importante em sua vida, dizendo que está a morrer num hospício em Berwick-upon-Tweed, no norte de Inglaterra, fronteira com a Escócia… a cerca de 600 milhas, mais ou menos 900 kms da sua residência no sul de Inglaterra.

Eu podia ficar aqui o dia todo a falar sobre esta historia mas vou deixar-vos à mercê da vossa curiosidade 😉

E vocês, seriam capazes de percorrer Portugal de lés a lés a pé? 🙂

Caminhar ou Correr?

Ready, set, let’s go!

Ufa! Finalmente! Quem é vivo sempre aparece 😀 Estas ultimas semanas foram cheias de trabalho e de algum lazer também… Por um lado ainda bem que estou a terminar este projecto grande da minha empresa para assim poder respirar fundo… Por muito que eu goste do que faço, estes últimos tempos foram non stop a almoçar sentada na secretaria 😛

Mas mesmo assim tenho arranjado um tempinho para fazer uma ds coisas que eu mais gosto e que ja falei aqui: Caminhar 🙂 Desde miúda que sempre gostei mais de caminhar do que correr. Porque ao caminhar estamos muito mais conscientes do que nos rodeia (ainda noutro dia na terapia, falamos disso – sim, eu estou a fazer terapia no grupo da menopausa e está a saber-me pela vida!), então se for no meio da Natureza tanto melhor. Gosto de ouvir o som dos passarinhos, gosto de fotografar as flores e e adoro observar todos os pormenores à minha volta 🙂 Faça chuva ou faça sol, eu gosto muito de caminhar 🙂 Chuva daquela tipo morrinha é muito refrescante mas claro, que o que mais gosto é de ver o contraste do céu azul com o verde das árvores 🙂

E vocês, também gostam de uma boa caminhada ou preferem uma corrida? 🙂

Tempo de Reflexão.

Para hoje temos limpezas e por a casa em ordem, tal como a minha mãe sempre fazia neste dia, ou pelo menos minimamente porque estas dores requerem calma e paciência. Julgo que ja vos falei por aqui que este dia me lembra sempre a tradição que a minha mãe tinha para por a casa em ordem para receber o compasso (disto não tenho saudades nenhumas, pois para mim sempre foi um sacrifício acordar cedo no domingo de Páscoa e ter de “beijar a cruz” brrrr so de lembrar, da-me calafrios, sem querer faltar ao respeito mas acho que Jesus não se importa.

Enquanto a minha mãe aspirava e limpava os chãos, eu limpava o pó nas minhas calmas, embrenhada nos meus pensamentos. Agora que penso, apesar de eu não gostar de limpar o pó, aquilo servia para eu meditar bastante… E chegavam as 3h da tarde, era altura de fazer um minuto de silencio pelo grande homem que foi Jesus. Apesar de não gostar da Igreja, pela sua hipocrisia, sempre senti um carinho muito grande por Jesus. Até a Natureza estava connosco pois as nuvens cobriam o céu e o tempo ficava mesmo sombrio como que a fazer luto.

Por isso, hoje é dia de por a mão na consciência, e acima de tudo, agradecer.

Gostava que mais pessoas pensassem assim, e vocês? 🙂

Porque o Dia da Mulher…

…é quando ela quiser 🙂

Por isso que este texto da Rita Marrafa de Carvalho me diz tanto. Podiam mesmo esperar sentados se eu tivesse feito tudo conforme as “tradições”. Tive um filho antes de casar pois ja me sentia casada sem precisar de assinar um papel. E não baptizo o meu filho pois não quero que ele viva sufocado como eu vivi durante 18 anos. Quando tenho razão não consigo estar calada se não sufoco e rebento. Amamentei ate quando deu, ate aos 9 meses dele. A casa pode não estar imaculada mas está como deve estar, desde que sejamos felizes o resto não interessa. Tenho na minha mãe a mais inspiração da minha vida. E são as memórias e os ensinamentos dela que me guiam no dia-a-dia.

E tal como a Marrafa tambem tenho este sonho que não vejo a hora que se torne realidade:

E por isso hoje trago-vos duas musicas e dois poemas que me dizem muito. Porque o meu lugar é onde eu quiser 🙂

Esta musica da Claudia Pascoal faz-me lembrar a minha mãe que também era Maria e por isso dedico-a a ela 🙂

Oh mãe o que posso eu ser?
Se o meu caminho está talhado
O meu nome não é Maria
Mas p’ra Maria, nasci Mulher

Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Mulher!

Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Maria

Tantas vozes que nos gritam
O que a mulher tem que ser
Honrada, casada, amada
Mal acaba de nascer
Até quero ser ressolha
Até quero ser honrada
Não me tirem já a vida
Quem me dera ter tringalha

Oh mãe o que posso eu ser?
Nasci Maria, nasci Mulher

Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Mulher!

Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Mulher!

Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Mulher!

Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Maria

Ainda posso fazer muito
Porque há muito pra fazer
Tenho mão de tecedeira
E muito nó para desfazer

Oh mãe o que posso eu ser?
Nasci Maria, nasci Mulher
Nasci Maria, nasci Mulher
Nasci Maria, nasci Mulher

Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Mulher!

Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Mulher!

Oliveirinha da…

Nasci Maria
Nasci Maria

Oliveirinha da…

Nasci Maria
Nasci Maria

Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Mulher!

Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Mulher!

Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Mulher!

Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Maria
Nasci Mulher!

Oh mãe o que posso eu ser?
Se o meu caminho está talhado
O meu nome não é Maria
Mas p’ra Maria, nasci Mulher

Quando eu era pequenina esta era uma das minhas musicas preferidas, andava sempre a canta-la a imaginar que me chamava Carolina 🙂 E adorei a adaptação desta versão da Carolina Deslandes 🙂

A saia da Carolina foi de alguém que a ofereceu
Que é por ela ser menina
Que é p’ra estar perto de Deus
Foi assim de pequenina
Que a quiseram ensinar
Que tem lugar na cozinha
E em casa a costurar

Tem cuidado Ó Carolina que o lagarto dá ao rabo
Tu até te vês rainha. Quem mat’o patriarcado?
Tem cuidado Ó Carolina quem tem sonhos, tem pecados
Ser menina é tua sina, ser mulher é teu legado
Cuidado com a Carolina que vem de punho serrado
Cuidado com a Carolina que vem de punho serrado
A saia da Carolina ardeu no meio do mato
A história da Carolina é que ela agora veste fato

Sou Maria Carolina
Deslandes pra vocês
Nasci do amor antigo
Do Kiko e da Inês
Tu q’rias julgar com riso
Toda a minha insensatez
Que é por ter crias comigo
E agora conto com três
A saia da Carolina nunca aqui teve um cabide
E eu ando bem calçada
Vai perguntar ao David
Debaixo do meu hoodie
Não gosto de dar nas vistas
Cancela as minhas entrevistas
Eu tenho sardas espalhadas como grãos de areia
Pedem-me uma canção
Eu tenho uma mão cheia
Avisa o lagarto que eu o esmago com o pé
Não há tempo pra rastejos em terra de jacaré
Não tempo pra bocejos quando o dia me chama
Eu vivo de fé, há quem viva de fama
A saia não é de ninguém
Carolina ó-i-ó-ai
Carolina… ó ai meu bem

Cuidado com a Carolina que vem de punho serrado
Cuidado com a Carolina que vem de punho serrado
A saia da Carolina ardeu no meio do mato
A história da Carolina é que ela agora veste fato

Sim, Carolina ó-i-ó-ai
Sim, Carolina… ó ai meu bem

Sim, Carolina ó-i-ó-ai
Sim, Carolina… ó ai meu bem

Sim, Carolina ó-i-ó-ai
Sim, Carolina… ó ai meu bem

Sim, Carolina ó-i-ó-ai
Sim, Carolina… ó ai meu bem

Deixo-vos com dois poemas quem me representam enquanto Mulher 🙂

Estamos juntas? 🙂

Crise de Identidade…

Ultimamente tenho ouvido falar muito neste tema, por isso hoje trago-vos a minha experiencia sobre ele. Tive a minha crise de identidade quando atingi a idade adulta aos 18 anos. Cheguei mesmo a ponderar mudar de sexo… isto se conseguisse, claro. Mas ainda bem que não o fiz. 😛 Por pensar que os homens tinham a vida muito mais facilitada do que nós mulheres… Mas tudo mudou quando veio o período e finalmente me senti mulher. Porque até nem maminhas tinha, era uma tábua autentica 😛

E depois foi preciso passar por uma Depressão (desculpem estar sempre a falar nela mas felizmente ou infelizmente ela fez parte da minha vida… e peço todos os dias para que ela não volte), durante a minha passagem para a idade adulta. Sinto que se ela algum dia voltar, não vou voltar a sair dela, por isso só me resta lutar para que isso não aconteça, nem que seja preciso fazer o máximo de pausas possíveis. 🙂

Com a Depressão aprendi a conhecer-me. Aprendi a gostar de mim.

I don’t drink coffee, I take tea, my dear
I like my toast done on one side
And you can hear it in my accent when I talk
I’m an Englishman in New York

See me walking down Fifth Avenue
A walking cane here at my side
I take it everywhere I walk
I’m an Englishman in New York

Oh, I’m an alien, I’m a legal alien
I’m an Englishman in New York
Oh, I’m an alien, I’m a legal alien
I’m an Englishman in New York

If “manners maketh man” as someone said
He’s the hero of the day
It takes a man to suffer ignorance and smile
Be yourself no matter what they say

Oh, I’m an alien, I’m a legal alien
I’m an Englishman in New York
Oh, I’m an alien, I’m a legal alien
I’m an Englishman in New York

Modesty, propriety can lead to notoriety
You could end up as the only one
Gentleness, sobriety are rare in this society
At night a candle’s brighter than the sun

Takes more than combat gear to make a man
Takes more than a license for a gun
Confront your enemies, avoid them when you can
A gentleman will walk but never run

If “manners maketh man” as someone said
He’s the hero of the day
It takes a man to suffer ignorance and smile
Be yourself no matter what they say
Be yourself no matter what they say
Be yourself no matter what they say

Be yourself no matter what they say (oh, I’m an alien, I’m a legal alien)
Be yourself no matter what they say (I’m an Englishman in New York)
Be yourself no matter what they say (oh, I’m an alien, I’m a legal alien)
Be yourself no matter what they say (I’m an Englishman in New York)
Be yourself no matter what they say (oh, I’m an alien, I’m a legal alien)
Be yourself no matter what they say (I’m an Englishman in New York)
Be yourself no matter what they say (oh, I’m an alien, I’m a legal alien)
Be yourself no matter what they say (I’m an Englishman in New York)
Be yourself no matter what they say