A Improvável Jornada de Harold Fry.
Sabem o que mais me atraiu neste livro/filme? A sua historia começa aqui, no sitio onde vivemos, no belo condado de Devon, a sudoeste de Inglaterra.
Fiquei rendida à escrita de Rachel Joyce, pois gostei muito da forma natural como descreve os acontecimentos e ambientes. Tocou-me bastante. Tanto que ja comecei a ler o ultimo livro dela: Maureen e o Anjo do Norte. Que como devem estar a pensar é no seguimento da historia do primeiro livro que deu origem ao fim da caminhada de Harold Fry. Só tenho a agradecer-lhe pois voltei à rotina das minhas leituras. Um capitulo de cada vez e la vou conseguindo, é a minha tactica 🙂
E por falar em caminhadas, eu revi tanto na personagem principal do Harold porque caminhar é das coisas que eu mais gosto de fazer. Ainda por cima com um propósito tao bonito. Salvar alguém. Pode ate nem acontecer mas o simples acto de tentar às vezes é o suficiente. Porque se não fizeres, nunca vais saber se deu certo…
Eu encaro o acto impulsivo do Harold como um escape. No bom sentido, como boa pessoa que ele é. Harold é uma pessoa tímida tal como eu. Por isso me identifiquei tanto com esta personagem.
Ele recebe uma carta de uma amiga a dizer que está doente, como um cancro terminal, e através de um conselho de uma miúda que trabalha num supermercado, ele decide ruma, desde a sua terra no sul de Inglaterra, ate ao norte de Inglaterra, fronteira com a Escócia, a pé com os seus sapatos de vela… Quem nunca? 🙂 E a partir daí a aventura continua. devo lembrar que Harold é um homem de idade nos 60, acabado de se reformar sem preparação física nenhuma pois apenas estava habituado a andar de carro como a maioria da população inglesa… E a medida que Harold vai caminhando na sua jornada, as memórias e sentimentos vai aparecendo e vai conhecendo pessoas novas com historias diferentes para partilhar com ele.
O filme conta também com nomes conhecidos como Penelope Wilton (After Life) no papel de Maureen Fry, Jim Broadbert (conhecido professor em Harry Potter) como Harold Fry e Linda Basset (Call the Midwife) no papel de Quennie Henessie.
A Improvável Jornada de Harold Fry também não é uma história verdadeira (apesar de ter tudo para o ser) sobre um homem idoso que recebe uma carta de uma velha amiga, Queenie, que desempenhou um papel importante em sua vida, dizendo que está a morrer num hospício em Berwick-upon-Tweed, no norte de Inglaterra, fronteira com a Escócia… a cerca de 600 milhas, mais ou menos 900 kms da sua residência no sul de Inglaterra.
Eu podia ficar aqui o dia todo a falar sobre esta historia mas vou deixar-vos à mercê da vossa curiosidade 😉
E vocês, seriam capazes de percorrer Portugal de lés a lés a pé? 🙂