O Inicio do Fim do Apartheid. Libertação de Nelson Mandela. Lembro-me como se fosse da sensação de alivio que o mundo sentiu. Power to the people. Finalmente. Uma lufada de esperança para o mundo. Ha 31 anos atras. Parece que foi ontem. Parece que foi ontem em que eu acreditei que tudo ia mudar… Mas infelizmente as mentalidades parece que não avançaram. O racismo continua a existir, encoberto, talvez, mas cada vez mais forte, sempre pronto a sair do armário…
E hoje em dia, 31 anos depois, a humanidade parece que nao aprendeu nada, e em vez de ter evoluído, parece que regrediu. Infelizmente o racismo continua a existir, cada vez mais forte. Mas movimentos como BLM fazem-me continuar a acreditar.
Noutro dia fiquei chocada quando ouvi uma senhora negra dizer que tinha receio de tomar a vacina porque uma em quatro mulheres negras no UK morrem no parto… Para mim estas mulheres devem ter o mesmo trato que eu, pois eu nao estou acima delas nem elas abaixo de mim. Ate quando vamos continuar a permitir a Supremacia Branca?
Terminada a 4a temporada da serie A Coroa, ficamos com uma sensação de revolta contra Principe Carlos e Camilla Parker-Bowles. Sentimento esse que ja não era novo. Apenas nos deu certezas de como as coisas realmente aconteceram apesar da ficção da serie.
Diana, a Princesa do Povo, casou muito nova, iludida com o seu principe encantado…
Conseguem imaginar este cena na realidade? Conseguem imaginar como é que Diana, a mãe dos filhos de Carlos se sentiu a ouvir que ele se preocupava mais com os sentimentos da amante do que dos dela, a mulher com quem ele se casou? Que cena tao dura e tao cruel. Os actores estão de parabéns, quanto talento.
Eu cresci a admirar a Princesa do Povo. Quando soube da sua repentina morte fiquei em choque… Depois vários documentários sobre a Lady Di, um dos mais conhecidos, Diana: One Her Words, e fiquei esclarecida sobre a vida de sofrimento que a princesa passou 🙁 Mais tarde vi o filme Diana, já cá no Reino Unido, fomos ver o filme sobre a princesa, onde se conta os últimos dois anos de vida da princesa, interpretada por Naomi Watts, em que ela, supostamente viveu uma romance com o medico cirurgião Hasnat Khan.
Estou na chamada meia-idade. Mais de 4 décadas de existência. Duas delas no fim século XX, e duas no inicio do novo milênio. VI tanto e vivi tanta coisa. Aprendi tanto e continuo a aprender. De coração cheio. Quanto mais aprendo mais gosto de o fazer. Mais vontade tenho de o fazer. Quando eu era miúda imaginava como seria a vida depois do ano 2000. Ficava excitada e assustada ao mesmo tempo. Esperava que a humanidade evoluísse bastante em todos os aspectos. E hoje fico triste e frustrada por ver tantas pessoas com mentalidades retrogradas… Como é possível que quanto mais informação haja, mais ignorantes as pessoas fiquem?… Peço desculpas por estar sempre a bater na mesma tecla nos últimos tempos mas para mim a Educação é uma das principais bases da sociedade e deve ser levada muito a serio pelos povos e pelos governantes… Ja cheguei à conclusão que quanto mais incultos e ignorantes os povos forem mais vantajoso isso é para os governos. 🙁
Ainda estou à espera destas coisas que eu pensava que iam existir no novo milênio…
Imagem retirada do Google
Mas passemos ao mais importante deste post, as minhas retrospectivas. Estas 4 décadas foram mesmo muito ricas. Vivi a minha infância nos maravilhosos anos 80, a minha adolescência nos fantásticos 90, e iniciei a minha idade adulta no novo milênio e nunca mais parei 🙂 Quer dizer… sobrevivi a uma Depressão grave na transição para a idade adulta por coincidência, ou não, na passagem para novo século. Cai, levantei-me… iludi-me muitas vezes, desilude-me outras tantas. Coisas que fazem parte da vida, afinal de contas , nada é em vão, se não é benção, é lição.
Imagem retirada do Google
Cortei relações com pessoas que me fizeram mal e sinto-me aliviada por isso. Acreditam que deixei de falar com o meu padrinho e não senti remorsos por isso quando ele faleceu? Acho que isso não faz de mim má pessoa, pois não? Conheci duas pessoas maravilhosas, os avós do meu Rui, com as quais pouco convivi, infelizmente mas que hoje são os nossos anjinhos da guarda.
Trabalhei muito ao longo destas duas décadas. Comecei aos 18 e parei aos 37. Desde empregada de armazém, empregada de balcão numa confeitaria onde também fazia limpezas, empregada de caixa de supermercado, empregada de escritório onde fazia serviços externos, e por ultimo administrativa e inside sales numa multinacional francesa, este ultimo que me deu tanto gosto e me deu tantas saudades da parte dos clientes, apesar de ter sofrido assédio sexual por parte do chefe, mas defendi-me muito bem, mantendo sempre a minha dignidade.
Em 2005 após muitos desgostos e 2 anos solteira, acabei por encontrar por acaso, por estas bandas o meu melhor amigo, o meu amor. Tudo acontece no momento certo. O que tiver de acontecer, acontece. Sem pressas, sem estresses.
Emigramos. Mudamos 3 vezes de casa. Mudar faz bem. Destralhamos a casa e a alma. Casa é onde está o nosso coração. Lar doce lar. A sensação de voltar a casa é sempre reconfortante.
E viajamos. E queremos viajar mais.
Em 2010 engravidei pela primeira vez, mas devido ao stress acabei por abortar… Foi uma perda muito grande, um desgosto enorme… 🙁 “Vá trabalhar que ajuda a passar e a esquecer” Disseram os médicos… Não ajudou. Só piorou. Mas não desisti do meu sonho. Demorou mas conseguimos.
Infelizmente em 2015, depois de ter sido pela primeira vez operada aos ovários, na véspera da véspera de Natal de 2014, perdi o meu pai em Março, 3 semanas antes do meu aniversario. Ainda hoje me custa saber que o meu pai não conheceu o netinho. Mas sei que o que me conforta é que ele o anjinho da guarda do neto.
Não é fácil ser mãe aos 40, mas todos os dias tento e dou o meu melhor para que nao lhe falte nada e ele seja um ser um humano feliz.
Em Fevereiro de 2018 fui novamente operada para removerem um cisto de 9 cms do ovário esquerdo. Este ano, estou a ver que vou ter de voltar aos exames de rotina mas acredito que vai tudo correr bem. Se tiver de ir de novo à faca que seja, como se costuma dizer: à terceira é de vez 🙂
2018 também foi um ano muito especial, pois celebramos 13 anos de relacionamento oficializando no papel com uma cerimonia simples mas muito bonita e depois concretizamos o meu sonho de ir aos Açores em Setembro.
Tenho aprendido tanto com as pessoas. Estou cada vez mais selectiva. Amigos vão e vêm. Família é quem cuida e se preocupa. Poucos mas bons. Sempre!
Fazer o bem sem olhar a quem como sempre a minha mãe me ensinou. Por muito que isso nos faça parecer trouxas, mas o que importa é a nossa consciência leve e tranquila. E é essa mensagem que eu quero passar ao nosso filho.
Este é o ano do meu Lu como ja disse muitas vezes, por isso para este novo ano e nova década que agora se iniciam só peço Saúde continuar a cuidar do nosso filhote e apoiar o meu marido em tudo como tenho feito ate agora. Ah e ja agora se não for pedir muito ter a minha querida mãe comigo no meu aniversario 🙂
A minha primeira opera. Fomos vê-la ao Coliseu do Porto em 2012, pouco antes de virmos para o Reino Unido, e eu fiquei emocionada do principio ao fim da peça. É uma historia triste mas muito bonita e intensa.
Esta ópera estreou pela primeira vez em Milão, no Teatro alta Scala, e conta a historia de uma jovem gueixa que sei apaixonou por um oficial da marinha americano, mas quando a guerra termina, ele regressa aos Estados Unidos, levando-a a suicidar-se 🙁
A trama da ópera M. Butterfly foi inspirada no relacionamento entre um diplomata francês,
Bernard Boursicot, e um cantor da ópera dePequim, Shi Pei Pu.
One good day, we will see Arising a strand of smoke Over the far horizon on the sea And then the ship appears And then the ship is white It enters into the port, it rumbles its salute.
Do you see it? He is coming! I don’t go down to meet him, not I. I stay upon the edge of the hill And I wait a long time but I do not grow weary of the long wait.
And leaving from the crowded city, A man, a little speck Climbing the hill. Who is it? Who is it? And as he arrives What will he say? What will he say? He will call Butterfly from the distance I without answering Stay hidden A little to tease him, A little as to not die. At the first meeting, And then a little troubled He will call, he will call “Little one, dear wife Blossom of orange” The names he called me at his last coming. (To Suzuki) All this will happen, I promise you this Hold back your fears – I with secure faith wait for him.
Das coisas que acontecem ca por casa. Como vocês sabem, eu faço coleção de funko pops, e noutro dia dei por mim a imaginar historias entre estes meus bonecos.
Então não é que apanhei o Markl Mariconço a fazer olhinhos à namorada do Joker, a Harlequeen, e não satisfeito, também se virou para a Rey do Star Wars? Hehe Ai o malandreco 😀
Imagem da minha autoria
E a bonequinha da Vanda Miranda, que tem um fraquinho secreto, pelo Markl Mariconço, para lhe fazer ciúmes, resolveu flirtar com o Doctor Strange e com o Marty McFly ao mesmo tempo, grande marota 😛
Imagem da minha autoria
Como voces acham que vai terminar estas historias? Será que O Markl Mariconço tem alguma chance com uma destas duas, e a Vandinha com um destes dois? Eu e o Lu apostamos no casamento do Mariconço com a Vandinha, com todos os Funko Pops com convidados 🙂
Os bonecos do Markl e da Vanda Miranda foram criados em 2012 pela empresa Nimaia mediante o sucesso da rubrica Caderneta de Cromos da Radio Comercial
Alguém foi assistir a este espetáculo no Coliseu do Porto, em 2010? 🙂
A propósito, fiquem com a historia do porquê do boneco se chamar Mariconço hehe
Fiquem com o episodio da Caderneta de Cromos onde o Nuno Markl lê o Diario de adolescente da Vanda Miranda 🙂
Sou apaixonada pela lingua alemã. Detesto francês mas o alemão fascina-me tanto. desde os tempos do liceu. Tenho ate uma app no telemóvel para ir treinando e recordando. Quando vim para ca para o UK, nos tempos livros gostava de ir estudando alemão, fazendo traduções simples de inglês para alemão e vice-versa e assim juntava o útil ao agradável. 🙂
Conjunto de imagens da minha autoria
E vocês, tambem gostavam de aprender uma língua nova ou recordar uma antiga?
A Esperança é a ultima a morrer ou enquanto há Vida há esperança. Eu acredito muito nisto. Quem espera sempre alcança. Tenho aprendido que a Esperança é a força da Vida. Podem ser frases feitas mas que fazem bastante sentido. Sinto que só vou perder a minha esperança quando morrer. Aprendi a não desistir. E estes últimos anos foram prova disso. É nas minhas fraquezas que vou buscar forças e esperança para seguir em frente. É nos maus momentos que encontro a esperança para continuar a acreditar que tudo vale a pena.
2018 foi também o ano que restaurei a fé nas Amizades. Aprendi a não dar importância com quem nao se importa comigo. Não vale mesmo a pena. Foi um ano cheio de emoções. Foi um ano inspirador para continuar esta caminhada maravilhosa que é a Vida.
Continuo a seguir a minha velha maxima: Poucos mas Bons, e cada vez faz mais sentido pois devemos preservar quem é essencial.
Imagem da minha autoria – melhores momentos de 2018 – os meus melhores amigos, marido e filho 🙂
Esta frase ouvia-se numa anuncio de um leite no inicio do novo milênio. E ouvi-la vezes sem conta, ajudou-me muito. Sempre fui muito bichinho do buraco como dizia a minha mãe. Desde miúda que sempre gostei de ficar no meu canto, no meu quarto, no meu mundo a ler um livro ou a inventar as minhas historias. Sempre fui muito envergonhada, introvertida, dizia para mim mesma que não gostava de mim. Usava roupas largas para disfarçar a minha magreza… Mas cresci, sofri e aprendi. Aprendi a respeitar-me a gostar de mim. Foi preciso cair no fundo para aprender. Foi preciso ficar doente e fechar-me em casa durante quase um ano para dar valor à Vida.
Imagem retirada do Google
Apesar de tudo, em criança era tudo muito mais fácil e eu tenho muito boas recordações da minha infância. Nunca tive pressa de crescer. Sempre soube esperar. Sempre tive calma e paciência. O meu primeiro beijo foi aos 18 anos. O meu primeiro namorado foi aos 19. E ainda fui muito a tempo. De tudo. Diverti-me, fiz asneiras, poucas, mas sempre com bom senso. Tudo aconteceu na altura certa. 🙂 Ate que conheci aquele que me faz bem desde o inicio, me deu ainda mais razoes para eu gostar ainda mais de mim e passados 10 anos me deu aquele que é a pessoa mais importante das nossas vidas.