Demorei mas consegui. Aprendi a amar-me depois dos meus 20 anos, depois de uma depressão profunda que me deixou sem querer sair de casa durante quase um ano. Ja vos contei aqui e aqui a minha historia.
Vivemos numa geração muito debilitada de amor próprio e isso deixa-me triste. 🙁 Pois não dizer aos quatro ventos que se gosta de si próprio tal como é so para agradar aos outros, têm de acreditar em si mesmo, de verdade. É muito complicado… infelizmente estas duvidas acontecem na idade em que deixamos de ser crianças e passamos a ser adultos. Crescer não é fácil de todo mas faz parte. E tem de partir de dentro de nós.
Conhecem o anuncio do leite Matinal? Ha 20 anos passava muito na tv e aquela mensagem entrou de tal forma na minha cabeça que nunca mais saiu, de tanto que a ouvi em loop. 🙂
Eu costumo trocar a ordem das palavras e dizer: Se eu não gostar de mim, quem gostará?
Imagem retirada da internet
Se vocês precisam de acreditar em alguma coisa… comecem por vocês mesmos 🙂
…desculpem, soloquê? Ja lhe ouvi chamar muitos nomes para a carencia de atenção ou narcisismo, agora isto? Mas está tudo doido?… Esta gente não sabe, simplesmente ir de ferias, sozinha???
Acho que não é preciso chegar a tanto para encontrar o amor próprio, digo eu. Eu pelo menos não precisei casar comigo mesma, para me reencontrar. Precisei sim de estar sozinha para aprender a amar-me e a respeitar-me. Não precisei de um casamento, de uma festa para dar nas vistas, para chamar a atenção. Acho que é tudo uma questão de bom senso…
Acho que as pessoas têm de aprender a assumir os seus medos e receios, aprender a crescer, infelizmente hoje em dia vê-se muito isso… espero estar à altura para saber passar uma boa mensagem ao meu filho sobre este assunto, quero que ele saiba e sinta que nos estamos sempre aqui para ele, para o apoiar nas duvidas e inseguranças normais nas varias fases da vida.
Quanto a este assunto da sologamia… estou com a Oprah…
Nada acontece de repente. Tudo tem o seu tempo. Quando cheguei aqui ha Reino Unido ha 6 anos, pesava 80kgs, fruto da minha doença, SOP Síndrome de Ovarios Policisticos e da vida sedentária que tive nos meus últimos empregos. Mentalizei-me que tinha de mudar a minha alimentação, e para isso ouvi o meu corpo para saber quais os alimentos que estavam a fazer-me mal. Bastou seguir a Roda dos Alimentos. Coisa simples, nao? Tambem fiz bastante exercício fisico em casa e muitas caminhadas.
Por isso não liguem às mas línguas e jamais deixem de acreditar que vocês são capazes, demore o tempo que demorar, o que importa é gostarmos de nós próprias e sentirmo-nos bem connosco mesmas 😉
Esta frase ouvia-se numa anuncio de um leite no inicio do novo milênio. E ouvi-la vezes sem conta, ajudou-me muito. Sempre fui muito bichinho do buraco como dizia a minha mãe. Desde miúda que sempre gostei de ficar no meu canto, no meu quarto, no meu mundo a ler um livro ou a inventar as minhas historias. Sempre fui muito envergonhada, introvertida, dizia para mim mesma que não gostava de mim. Usava roupas largas para disfarçar a minha magreza… Mas cresci, sofri e aprendi. Aprendi a respeitar-me a gostar de mim. Foi preciso cair no fundo para aprender. Foi preciso ficar doente e fechar-me em casa durante quase um ano para dar valor à Vida.
Imagem retirada do Google
Apesar de tudo, em criança era tudo muito mais fácil e eu tenho muito boas recordações da minha infância. Nunca tive pressa de crescer. Sempre soube esperar. Sempre tive calma e paciência. O meu primeiro beijo foi aos 18 anos. O meu primeiro namorado foi aos 19. E ainda fui muito a tempo. De tudo. Diverti-me, fiz asneiras, poucas, mas sempre com bom senso. Tudo aconteceu na altura certa. 🙂 Ate que conheci aquele que me faz bem desde o inicio, me deu ainda mais razoes para eu gostar ainda mais de mim e passados 10 anos me deu aquele que é a pessoa mais importante das nossas vidas.
“Carissimas, cada uma é como é… sejamos nós gordas, magras, anoreticas, assim a assim, mais cheinhas… isso não interessa pa nada! o que realmente interessa é gostarmos de nós e se não gostarmos trabalharmos para gostar. se é mais gordinha e quer ficar mais magrinha que vá pó ginasio, siga uma dieta… agora, não acho que se deva crucificar a VS por pôr mulheres magras… desde sempre que as magras é que vão para as passereles, no entanto já se começam a ver modelos plus size… devemos é respeitar cada qual como é! Beijo para todas as mulheres, gordas ou magras ou assim a assim 🙂 ” comentario de Lee Silva na pagina de facebook da Vogue Portugal
Ja muito se escreveu sobre o assunto nos ultimos tempos, mas acredito que ainda mais tinta vai correr, tudo porque vivemos num tempo em que ninguem esta bem com nada e em que toda a gente so esta bem a criticar e a olhar para o umbigo dos outros do que para o seu, infelizmente e mesmo assim.
Ha pouco tempo toda a gente criticou a lindona Sara Sampaio que eu muito admiro por ser uma miuda com espirito leve e jovem, e transmite muito boas vibes mas so porque e magra e trabalha para a VS e logo rotulada… e triste nao e? Eu por mim falo, desde miudinha que sempre fui uma “olivia palito” e um “pau de virar tripas” como “carinhosamente” me chamavam… cresci com o estigma de que “gordura e formosura” e vivia como um bicho do buraco, era muito timida, muito metida no meu mundo, tinha vergonha do meu corpo, e so quando cresci e comecei a tomar “o raio da pilula” que me transformou por completo (mas isto sao contas para outro post), e que engordei e “fiz corpo” mas sei bem o que “sofrer” por nao termos um “corpo normal”… mas afinal de contas o que e isso de ter um “corpo dito normal”?
Para mim, somos todos normais com as nossas diferencas e virtudes, basta gostarmos de nos mesmos 🙂 Foi a conclusao que tirei quando sai da minha Depressao a 15 anos atras, pode ser ujma frase feita, pode ser uma frase batida, mas acreditem, e mesmo assim: SE NAO GOSTARMOS DE NOS PRIMEIRO, QUEM GOSTARA? So temos de acreditar em nos mesmos, e o bastante para vivermos felizes e nos aceitarmos 🙂 O resto vem por acrescimo, mas tudo sempre com regra, alimentacao equilibrada, exercicio fisico com regra, tudo com peso e medida, nem 8 nem 80! Nao queiramos ser mais do que o que somos, somos como somos, e essa e a realidade 😉
Lembrem-se sempre, obesidade e anorexia nao sao Saude 😉
#Somostodasanjos
Carpe Diem*
About Matilde Ferreira
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Este texto deve-se a uma alteração a lei da parte da União Europeia