Desafio: Contem-me Histórias

dia 23 de abril foi escolhido para ser o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor pela Unesco, em sua XXVIII Conferência Geral, ocorrida em 1995. Essa data homenageia os escritores Inca Garcilaso de la Vega, Miguel de Cervantes e William Shakespeare, que, coincidentemente, morreram em 23 de abril de 1616.

Para celebrar este dia, a Andreia do blog As Gavetas da Minha Casa Encantada decidiu criar um desafio muito interessante e que eu decidi participar 🙂

A Andreia perguntou que livros que livros e/ou autores lemos por influencia de terceiros.

Ha uma coisa que tenho de vos dizer, eu ainda não li estes livros, estão em lista de espera ha ja algum tempo pois as minhas leituras têm sido a conta-gotas desde que fui mãe e também não ajuda muito, compreensível não? 🙂 Longe vão os tempos em que fazia maratonas literárias, agora essas são mais de livros infantis, o que também é bom, não concordam?

Estes dois livros de Valter Hugo Mae foram lidos e recomendados pelo meu marido Rui. Um deles, A Maquina de fazer Espanhóis, ele lê-o quando veio ca a Londres em 2012 para a entrevista de emprego que fez com que nos emigrássemos para cá no mesmo ano. Primeiro veio ele e depois vim eu, 4 meses depois, ja em 2013. O Rui diz que este livro o deixou bastante emocionado, o que fez com ele mo recomendasse.

Apesar de gostar muito de VHM, confesso que estou a ganhar coragem para ler estas duas obras, não por medo de me desiludir mas sim por respeito pois acho que estes livros merecem ser lidos com tempo e muita atenção.

A Maquina de Fazer Espanhóis Esta é a história de quem, no momento mais árido da vida, se surpreende com a manifestação ainda de uma alegria. Uma alegria complexa, até difícil de aceitar, mas que comprova a validade do ser humano até ao seu último segundo. a máquina de fazer espanhóis é uma aventura irónica, trágica e divertida, pela madura idade, que será uma maturidade diferente, um estádio de conhecimento outro no qual o indivíduo se repensa para reincidir ou mudar. O que mudará na vida de antónio silva, com oitenta e quatro anos, no dia em que violentamente o seu mundo se transforma? 

O Filho de Mil Homens Esta é a história de Crisóstomo que, chegando aos quarenta anos, lida com a tristeza de não ter tido um filho. Do sonho de encontrar uma criança que o prolongue e de outros inesperados encontros, nasce uma família inventada, mas tão pura e fundamental como qualquer outra.
As histórias do Crisóstomo e do Camilo, da Isaura do Antonino e da Matilde mostram que para se ser feliz é preciso aceitar ser o que se pode, nunca deixando contudo de acreditar que é possível estar e ser sempre melhor. As suas vidas ilustram igualmente que o amor, sendo uma pacificação com a nossa natureza, tem o poder de a transformar.
Tocando em temas tão basilares à vida humana como o amor, a paternidade e a família, O filho de mil homens exibe, como sempre, a apurada sensibilidade e o esplendor criativo de Valter Hugo Mãe.

A MINHA RECOMENDAÇÃO

As Invisíveis, historias sobre o trabalho de limpezaRita Pereira de Carvalho

«Sentes que quando és das limpezas te tornas invisível em relação às outras pessoas». O relato de Ana Isabel, de 25 anos, retrata o sentimento comum às treze mulheres e um homem que partilham neste livro o dia-a-dia de uma mesma profissão: as limpezas industriais. Esta obra revela a realidade ignorada de quem precisa de umas costas de aço, de braços bastante competentes e de força, não só física, para limpar o que os outros sujam, sem se preocuparem muito em lhes agradecer.

Tive conhecimento deste livro através do Instagram, e em boa hora. Podem encontra-lo no site da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Comprei este livro pela quantia simbólica de €4.29 com portes incluídos para aqui para o Reino Unido, e ainda me ofereceram outro livro, A Televisão e o Serviço Publico de Eduardo Cintra Torres.

Sobre As Invisíveis: Sempre tive e tenho o maior respeito pelas empregadas de limpeza. Este livro é uma homenagem à minha mãe que sempre fez tudo para que nao nos faltasse com o pouco que ganhava. Para mim, ela nao era invisível apesar de o ser para as senhoras para quem ela trabalhava sem contrato e sem recibos. Desde que as casas parecessem limpas, nada mais importava. O trabalho domestico é o único trabalho que só se nota quando não é feito.

“O trabalho das mulheres das limpezas não produz nenhum material.”

“Nenhuma mulher nasce empregada de limpeza, mas muitas nascem com uma ou varias vantagens sociais que permitem escolher outros caminhos, estruturalmente mais bem aceites e vistos com melhores olhos.”

“Enquanto trabalhadoras, eram como as outras. Reinvindicavam, lutavam, exigiam. Depois, chegam as encarregadas, deixam de exigir tanto, e quando chegam a supervisoras, acabou.” É como se o poder lhes subisse à cabeça.

“Elisangela, Isaura, Ana, Carol, Paula, Feliciana, Francisca, Betina, Madalena, Ana Isabel, Vanessa e Susana sala as personagens que dão corpo às trabalhadoras das limpezas, a partir das quais descrevemos as varias situações-tipo ao longo dos capítulos que se seguem. Tratando-se de um livro sobre mulheres, há no entanto uma excepção: o caso de Ismário, que mora no último capitulo.

Este é um livro pequenino mas cheio de mensagens que se lê num ápice e nos deixa a pensar muito na vida.

Ja leram algum destes livros? 🙂

Que livros sugerem para comemorar o Dia do Livro?

Desafio Alma Lusitana d’As Gavetas

Para hoje trago-vos uma iniciativa muito interessante, criada pela Andreia Morais do blog As Gavetas da Minha Casa Encantada, chamada Alma Lusitana 2.0, que visa assinalar o Dia do Autor Português, a realizar em Maio.

Da minha parte vou fazer os possíveis sempre que me surgir conteúdo para participar. Com emigrante a lingua portuguesa tem ainda mais significado para mim e este ano quero muito gerir o meu tempo para conseguir ler mais livros de escritores portugueses. A começar pelos livros de Miguel Esteves Cardoso:

*Como é linda a puta da vida

*O Amor é Fodido

*A Causa das Coisas

*A Vida Inteira

*Os meus problemas

*As minhas Aventuras na Republica Portuguesa

*Amores e saudades de Um Português Arreliado

*Comes e Bebes: do que estavam à espera

Ja agora como estou quase a fazer em anos, no dia 19 de Março podem começar por me oferecer qualquer um dos 4 primeiros 😀 Estejam à vontade 😉 🙂

Deixo-vos com os temas do Desafio, e se tiverem duvidas entrem em contacto com a Andreia através do email que está no link do post que destaquei acima.

Imagem retirada do blog As gavetas da minha casa encantada

Desafio Alma Lusitana| Dia do Autor Português

A Andreia do blog As Gavetas da Minha Casa Encantada teve a ideia e eu fiquei cheia de vontade de responder, pois a causa é muito nobre a fim de comemorar o Dia do Autor Portugues.

Mas desde já peço desculpas por não conseguir ler a maior parte dos livros da minha lista. Não só por falta de tempo mas também estar fora de Portugal e ser-me mais difícil obter as obras que pretendo ler. Mas acredito que hei-de conseguir, ate porque agora tenho a ajuda de um kindle, oferta do maridão, e assim fica mais facil ler obras portuguesas. Mais tarde falarei sobre esta nova aquisição.

=CATEGORIAS=

PORTO – Um autor que nunca tenhas lido, mas que está na tua lista: Miguel Esteves Cardoso: quero muito ler esta coleção do autor. 🙂 Miguel Esteves Cardoso não tem papas na lingua e escreve com alma e talvez por isso me desperta tanto o interesse. Espero que nunca se canse de escrever e que a inspiração jamais lhe falhe ate ao ultimo suspiro, e que este seja daqui a muitos e muitos anos.

Imagens retiradas do site da Wook

AVEIRO – Um livro para morar: O Nosso Reino de Valter Hugo Mãe: Enquanto lia esta historia, dei por mim na minha infância em casa dos pais e avós. Voltei atrás no tempo. E foi bom e engraçado. As personagens lembraram-me as minhas avós e tias, que sempre que passavam pela cruz de Cristo benziam-se. 🙂

Podem ler o review deste livro aqui.

Imagem da minha autoria

COIMBRA – Um livro do teu autor preferido: A Formula de Deus de Jose Rodrigues dos Santos: gosto de livros que me façam pensar, e este esclareceu-me tanto mas tanto. Não me canso de o recomendar.

Imagem retirada do Google – o meu está em Portugal

ERICEIRA – Um livro que te transporta para uma zona do país que gostas: A Formula de Deus que nos transporta para a beleza de Coimbra

GUIMARÃES – Um livro que deveria ter uma adaptação cinematográfica: Indecisa entre O Nosso Reino de Valter Hugo Mãe e A Formula de Deus de Jose Rodrigues dos Santos. Porque me “tele-transportaram” para as suas historias, foi como se eu fizesse parte delas, por isso acho que dariam bons filmes.

SINTRA – Um livro de poesia: Sonetos de Luis Vaz de Camões. O maior poeta português. Sempre me inspirou para a poesia e continua a inspirar. Este poema continua a fazer muito sentido nos tempos que correm.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

BRAGANÇA – O primeiro autor que leste: Sophia de Mello Breyner Andersen: A Menina do Mar, A Fada Oriana, O Cavaleiro da Dinamarca são livros que me marcaram muito pois ensinaram-me a ler, a sonhar ainda mais e a dar asas à minha imaginação. Ja leram algum destes?

Imagem da minha autoria

GAIA – Um livro infanto-juvenil: Colecção Uma Aventura de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada: Li a coleção toda num Verão da minha adolescência, gostei tanto de viajar com as 5 personagens e os dois cães através do nosso belo país e aprendi tanto com eles.

Imagem retirada do Google

LISBOA – Um livro que mencione outras expressões artísticas: Afectivamente – GNR: esta banda traz-me tão boas recordações. Sempre que ouço deixo-me levar ate ao final da minha adolescência. Pronuncia do Norte transporta-me sempre até a cidade do Porto, percorro mentalmente a ponte Dom Luis até à Ribeira, perdendo-me com a bela paisagem da cidade. Sangue Oculto faz-me dançar e cantar como se nao houvesse amanha e Dunas leva-me ate à praia de Sophia de Mello Breyner Andersen e Eça de Queiroz, a Praia da Granja. Tenho mesmo de ler este livro sofre a Historia da primeira banda rock portuguesa.

Imagem retirada do Google

BRAGA – Um livro passado na tua estação do ano preferida: O Tecido do Outono de Alçada Baptista – mais um livro para adicionar às minhas leituras. Nunca li nada deste autor mas a sinopse chamou-me a atenção.

Imagem retirada do Google

Filipe casara ainda jovem com Matilde, mas nunca fora capaz de classificar a relação de ambos. Aos trinta anos encontra Bárbara, uma mulher que partilha com ele a procura incessante pela esfera do divino. Com ela vive uma forte paixão pautada, no entanto, pelo fatalismo. Só então, magoado, redescobre Matilde, também ela agora com algumas cicatrizes…

ÓBIDOS – O livro com a capa mais bonita: O meu 💙 só tem uma cor de Joana Marques – Mais um livro que me diz muito e por ter vivido todas emoções que a Joana fala no livro. Tenho muito orgulho em todas as vitorias e glorias que o meu/nosso F.C. do Porto me deu ao longo destes 30 anos. E nem de propósito, o nosso Louis hoje acordou a cantar o hino todo do nosso clube 🙂

Imagem da minha autoria

Categoria Extra criada por mim conforme pedido pela AndreiaSÃO MIGUEL – AÇORES – Uma personagem: Falei deste livro aqui Gostei tanto da personagem da Guidinha Caderninho, talvez por me ter identificado muito com ela quando eu era pequenina.

O review está aqui.

Desde ja peço mais uma vez desculpas se fui repetitiva nas escolhas, mas tanto a Formula de Deus como O Nosso Reino são livros que me dizem bastante, espero que compreendam assim como o numero de livros lidos ser muito inferior ao livro de livros que quero ler. Desculpa, querida, Andreia. ❤️

E vocês, quais sãos vossos autores portugueses preferidos? Têm muitos livros para ler? 🙂

Storyteller Dice 2.0 d’As Gavetas| Pedidos de Aniversario

-Mummy, mummy , no meu aniversario queria uma bola e uma bicicleta!- exclamou o Louis, num ingles aportuguesado. 🙂

Uma bola e uma bicicleta. Duas coisas tao simples. Tao simples mas que têm o poder de libertar a imaginação de qualquer criança.

– Porquê uma bola e uma bicicleta, filho? – perguntei eu, ja pressentindo a resposta. 🙂

– To feel the wind (para sentir o ventinho) – disse ele ainda mais excitado.

-E a bola? 🙂

-Para atira-la ao ar e correr atras dela 🙂

É incrível como uma criança fica contente com tao pouco. 🙂 E acrescentou mais, a bicicleta era para ir passear ate ao parque onde estavam os seus amigos com quem ia brincar e jogar à bola. Não precisa de muito para ser feliz. E isso faz-me tao bem ao coração. 🙂

Imagem da minha autoria – Natal de 2019
Imagem da minha autoria – Verão de 2018

Storyteller Dices d’As Gavetas| O Tempo

O Tempo não espera por ninguém… o Freddie é que tinha razão.E ele mais do que ninguém sabia bem o que isso era. No mes em que lembramos a sua morte, dou por mim a pensar como seria se ele tivesse sobrevivido à maldita doença… O que mais me conforta é que ele continua a ser uma fonte de inspiração. Pelo menos para mim e para o meu filhote que não se cansa de admirar os seus videos e as suas musicas.

É incrível como quanto mais fazemos e mais temos para fazer mas depressa o tempo passa. O tempo voa. Estou constantemente a dizer isto. Principalmente quando fazemos coisas que gostamos. O tempo voa quando passamos momentos bons com quem mais gostamos. Os anos passam cada vez mais rápido. Nem acredito que estamos quase no Natal. Mais um. Vamos fazer para que seja recheado de bons momentos.

Imagem da minha autoria

Deixo-vos com esta ladainha que tanto me diz:

O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, e o tempo disse ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.

Este desafio foi criado pelo blog As Gavetas da Minha Casa Encantada.

Storyteller Dices D’As Gavetas| O Telefone

Tenho uma relação complicada com o telefone. Foi o meu principal material de trabalho da ultima década. Talvez por ter falado tantas horas ao telefone agora não goste de o fazer. Prefiro escrever, enviar mensagens. Pelo menos fica tudo registado. Enquanto que por voz, é tudo momentâneo. Agora que me lembro, ja nos empregos quando queria que algo ficasse provado, preferia enviar um email. Assim não existiam margens para duvidas.

Mas dou por mim a ter saudades de falar ao telefone com os clientes. E acreditem que eu adorava conversar com eles. É um sentimento contraditório, eu sei. Mas tenho muitas saudades daquelas conversas. O simples gesto de pegar no telefone e animar o dia de outras pessoas não tem preço. Sentir que animamos o dia de outras pessoas é mesmo muito bom. Mesmo que, no meu caso so estivéssemos a vender aço inox ou ligas especiais, ou a prestar informações sobre fiscalização de gêneros alimentícios. 🙂

O mais incrível é quem vivemos numa era em que é raro usar a principal função do telefone: fazer chamadas. As vezes faz bem fazermos uma chamada. A minha mãe adora que eu lhe ligue e eu adoro falar com ela. A distancia pesa. Mas estes telefonemas ajudam bastante.

As vezes, apesar de estarmos rodeados de pessoas virtualmente, o que nos precisamos mesmo é de alguém que nos ligue a perguntar se estamos bem 🙂

Um simples telefonema pode salvar uma vida, quando pensarem em alguém liguem-lhe, vocês não imaginam o quanto esse gesto pode ajudar essa pessoa 😉 Este pensamento veio de encontro à campanha Setembro Amarelo – mês da prevenção contra o suicídio.

Falar faz bem, alivia a alma! Por muito que não gostemos de falar ao telefone 😉 Eu aprendi a deitar ca para fora aos meus 20 anos depois da minha depressão e foi a melhor coisa que fiz 🙂 Nem que seja para o papel 😉 Escrever alivia tanto 🙂

Imagem da minha autoria

E vocês, gostam de falar ao telefone? 🙂

Aproveitem o dia de hoje para ligarem a quem vocês acham que precisa 😉

O Pássaro| Storyteller Dices d’As Gavetas

Imagem da autoria do blog As Gavetas da Minha Casa Encantada

Vi o filme Fernão Capelo Gaivota na escola e adorei. De cada vez que via uma gaivota sonhava voar como ela. Ainda hoje fico maravilhada com gaivotas. Alias das coisas que mais gosto de fazer é passear no parque e ouvir os passarinhos cantar. Tambem gosto muito de acordar com os passarinhos a cantarem na minha janela. Tão bom. Uma das primeiras palavras que o nosso Lu aprendeu foi bird, e também sabe que é piu-piu 🙂

O meu avô tinha rolas. Das primeiras recordações de infância que eu tenho, é de passar os dias a imita-las: Cucurrrruuuu! Cucurrrruuuu! Isto lembrou-me de uma historia engraçada que a minha mãe costuma contar: uma vez na igreja de Aveiro, estava o padre a dizer o sermão, e de repente, começa-se a ouvir na igreja toda uma menina pequenina a imitar o som das rolas: Cucurrrruuuu! Cucurrrruuuu! A minha mae pegou em mim e levou-me para fora da igreja meio envergonhada, mas com uma vontade de rir imensa. O meu avô, mal continha o riso, e so dizia para me deixar cantar 😀

Imagem da minha autoria – Eu com as rolas do meu avô, quando tinha 5 anos 🙂

Gostaram desta historia? Que memórias têm da vossa infância? 🙂

Este desafio foi criado pela Andreia do blog As Gavetas da Minha Casa Encantada. Podem saber mais detalhes AQUI.

O Autocarro| 3. Tema StoryTeller Dices D’As Gavetas

Como não tenho carta, este meio de transporte sempre fui, quase, a minha segunda casa. Acho ate que passei grande parte da minha vida dentro das camionetas de carreira da minha terra como forma de me deslocar para os empregos. Tenho tantas historias para contar, seja pelo tempo interminável em que ficava à espera do autocarro, ou então porque eram tao velhas que avariavam a meio do caminho, pelas conversas com os motoristas com quem fiz amizade, alias um dos meus melhores amigos era motorista de autocarro. E o melhor de tudo é que aproveitava as longas horas que passava no autocarro para fazer das coisas que mais gosto na vida: LER. Sim, eu consigo ler em autocarros e comboios, só em aviões é que fica mais difícil, acho que deve ser por causa da turbulência.

Como disse tenho muitas memórias deste meio de transporte que acho que tudo começou na minha infância, quando me sentava no colo do meu avô nos degraus da mercearia da esquina a ver passar as camionetas. E esse bichinho passou para o meu mano mais novo que desde os 3 ou 4 anos que adora autocarros, ate ja quis ser motorista, mas parece que lhe passou esse desejo. Parece que o estou a ver sentado atras do motorista, a imitar as manobras com os brasidos levantados e a rodar. E o mais incrível é que o Lu faz o mesmo sem o mesmo sem nunca ter andado de autocarro, uma coisa que temos de fazer em breve. Sempre que vamos à rua, ele adora ver os famosos red buses (autocarros vermelhos londrinos) a passar quase que em fila indiana, e chegou mesmo a cumprimentar os motoristas.

Imagem da minha autoria – um dos famosos autocarros vermelhos britânicos na nossa rua

Este desafio foi criado pela Andreia do blog As Gavetas da Minha Casa Encantada. Podem saber mais detalhes aqui.

Storyteller Dices| Desafio d’As Gavetas: Lábios

E hoje trago-vos a minha historia para o desafio criado pela Andreia do blog As Gavetas da Minha Casa Encantada. A palavra deste mês de Abril é:

Imagem cedida pelo blog As Gavetas da Minha Casa Encantada

Acordei com um sorriso nos lábios e um beijo do meu Rui. O sol brilha la fora O meu filho da-me um abraço sem contar com as suas típicas gargalhadas contagiantes, expressando um habitual: “Hey, Duggee!” dos seus desenhos animados preferidos. Tomamos o pequeno-almoço no pátio com o sol a despertar e a dar-nos beijinhos nos nossos rostos.

Saímos à rua para aproveitar o dia. Fomos até ao parque onde cumprimentamos todos com quem nos cruzamos, sorrisos atraem sorrisos, gentileza atrai gentileza e coisa melhor não há.

Ja no parque o Lu correu para o seu “castelo” onde se divertiu a contar os seus passos ate ao escorrega. Depois foi para os baloiços onde voou e deu as suas gargalhadas gostosas e contagiantes. Riu tão alto que chamou a atenção de uma menina da idade dele a quem ele deu um abraço tão forte e ofereceu uma pequena flor branquinha. A menina ficou muito feliz e contente.

De regresso a casa, o Lu desgostou-se com uma maça. Ele adora maças verdes e vermelhas.

O dia terminou como começou, com um beijo nos lábios do meu amor. Haverá algo melhor do que beijo na boca da pessoa que amamos?

E assim terminei o dia da mesma forma que o comecei, com um sorriso nos lábios. ♥

Espero que tenham gostado 😉 E vocês, que historias contam os vossos lábios? 🙂

Conversas às quartas… com a Andreia Morais

E hoje como convidada das Conversas às quartas, temos uma menina muito querida, a Andreia Morais. A Andreia tem 25 anos, vive em na minha terra, Vila Nova de Gaia e é mestre em Educação de Infância. Tem o blog que eu adoro seguir e ja não consigo passar um dia sem visitar 🙂 Recomendo que façam o mesmo.

1.Para acompanhar a conversa… chã de…

AM – Menta

2. Bolo ou Biscoitos?
AM – Bolo [de preferência, de chocolate]

3. Porque e quando criaste o teu blog?

AM – Criei As gavetas da minha casa encantada em agosto de 2013, porque senti necessidade de ter um blogue onde pudesse abordar vários temas que me fascinam, em vez de me limitar a publicar os meus textos ficcionais. Quis expandir a minha escrita a outras áreas. Desafiar-me. E criar um espaço que se adequasse a isso. Inicialmente, As gavetas seriam apenas um complemento do meu antigo blogue, mas rapidamente percebi que passariam a ser a minha única casa. Fui muito feliz no Parte do que sou, mas estava na altura de mudar, até porque deixou de corresponder àquilo que pretendia. Hoje, sem qualquer dúvida, sei que tenho um blogue à minha imagem, onde cabe um pouco de tudo que tenha significado para mim.

4. O que mais gostas neste mundo dos blogs?

AM – Adoro a diversidade, a identidade, a partilha e a interação com outros bloggers. Escrever é uma parte muito importante daquilo que sou. Mas ter a possibilidade de trocar opiniões com outras pessoas é fantástico, além de que nos permiti evoluir.

5. Se te surgisse a oportunidade de emigrar para onde irias?

AM – Confesso que é difícil responder a esta perguntar, porque nunca foi um objetivo [e espero que nunca venha a ser uma necessidade]. Ainda assim, Barcelona poderia ser uma possibilidade.

6. Qual é a tua viagem de sonho?

AM – Um dos meus maiores objetivos é poder conhecer Portugal de Norte a Sul, ilhas incluídas. E se fosse ao volante de uma Pão de Forma seria mais especial. No estrangeiro, adorava conhecer Barcelona, Santorini, Mykonos, Milão e Sydney.

7. Porquê educadora de infância?

AM – Em criança, nunca frequentei a creche e o pré-escolar, talvez por isso tenha desenvolvido uma maior curiosidade por essas faixas etárias. E como sempre gostei bastante da escola/de estudar, acabei por tentar descobrir aquilo que perdi por não ter andado numa creche/num jardim-de-infância. O certo é que é um sonho que me acompanha desde pequena.

8. Como vês as crianças deste novo milênio? Uma inspiração ou uma aventura?

AM – Honestamente? Ambas. Porque as crianças desafiam-nos e ensinam-nos imenso! A minha orientadora costumava dizer uma frase que, para mim, faz todo o sentido: precisamos de subir ao nível das crianças. Numa sociedade que ainda olha muito de cima para baixo, acho que é importante desconstruir a ideia de que os mais pequenos são um livro sem conteúdo. Eles sabem muita coisa, nós é que precisamos de aprender a ouvi-los. E de ser um exemplo, no verdadeiro sentido da palavra. Naturalmente, há coisas que não vão compreender, por estarem a descobrir o mundo. E necessitam da nossa ajuda. Da mesma maneira que precisam que lhes seja dada liberdade para se expressarem e fazerem as suas próprias aprendizagens.

As crianças são o nosso futuro, mas temos que lhes dar espaço para que sejam crianças, o que não significa privá-las de responsabilidades. Enquanto isso, devemos investir numa educação/formação/oportunidades cada vez melhores, para que toda a aventura do seu crescimento seja uma verdadeira inspiração quando olharem para trás.

9. Livro de cabeceira?

AM – Neste momento, estou a ler «Em teu ventre», de José Luís Peixoto

10. O que gostarias de dizer a todos os teus seguidores?

AM – Em primeiro lugar, agradecer por estarem sempre desse lado. É mesmo gratificante perceber que há pessoas que reservam um pouco do seu tempo para lerem e comentarem aquilo que escrevo e que partilho. Tenho crescido convosco! Em segundo lugar, dizer para nunca terem medo de arriscar. E para preservarem a identidade que vos caracteriza.

11. Como te vês daqui a 10 anos?

AM – Estável, tanto a nível emocional, como a nível profissional. Ou seja, com um emprego que me encha as medidas, casada, com um filho, bem perto de quem me é tanto e cheia de saúde.

Pergunta extra: Acreditas no nosso Porto campeão este ano? 😉

AM – Acredito! Não só pelos resultados alcançados, mas por toda a mística que regressou. Vejo os jogos do meu [nosso] clube e sinto que a união é inquebrável. Pessoalmente, acho que já tínhamos conquistado um pouco daquilo que é ser Porto com o Nuno Espírito Santo, mas sinto que o Sérgio Conceição fez uma revolução a fundo. E é tão bom perceber que a equipa e os adeptos estão juntos. A lutar pelo mesmo. Cada um no seu lado do campo. Voltou a ambição, a raça, a garra e aquele amor desmedido. Como portista, não podia estar mais orgulhosa!

Espero que tenham gostado tanto desta conversa quanto nós 🙂

Quem ainda nao conhece a Andreia e o seu blog? 😉