O dia 23 de abril foi escolhido para ser o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor pela Unesco, em sua XXVIII Conferência Geral, ocorrida em 1995. Essa data homenageia os escritores Inca Garcilaso de la Vega, Miguel de Cervantes e William Shakespeare, que, coincidentemente, morreram em 23 de abril de 1616.
Para celebrar este dia, a Andreia do blog As Gavetas da Minha Casa Encantada decidiu criar um desafio muito interessante e que eu decidi participar 🙂
A Andreia perguntou que livros que livros e/ou autores lemos por influencia de terceiros.


Ha uma coisa que tenho de vos dizer, eu ainda não li estes livros, estão em lista de espera ha ja algum tempo pois as minhas leituras têm sido a conta-gotas desde que fui mãe e também não ajuda muito, compreensível não? 🙂 Longe vão os tempos em que fazia maratonas literárias, agora essas são mais de livros infantis, o que também é bom, não concordam?
Estes dois livros de Valter Hugo Mae foram lidos e recomendados pelo meu marido Rui. Um deles, A Maquina de fazer Espanhóis, ele lê-o quando veio ca a Londres em 2012 para a entrevista de emprego que fez com que nos emigrássemos para cá no mesmo ano. Primeiro veio ele e depois vim eu, 4 meses depois, ja em 2013. O Rui diz que este livro o deixou bastante emocionado, o que fez com ele mo recomendasse.
Apesar de gostar muito de VHM, confesso que estou a ganhar coragem para ler estas duas obras, não por medo de me desiludir mas sim por respeito pois acho que estes livros merecem ser lidos com tempo e muita atenção.
A Maquina de Fazer Espanhóis – Esta é a história de quem, no momento mais árido da vida, se surpreende com a manifestação ainda de uma alegria. Uma alegria complexa, até difícil de aceitar, mas que comprova a validade do ser humano até ao seu último segundo. a máquina de fazer espanhóis é uma aventura irónica, trágica e divertida, pela madura idade, que será uma maturidade diferente, um estádio de conhecimento outro no qual o indivíduo se repensa para reincidir ou mudar. O que mudará na vida de antónio silva, com oitenta e quatro anos, no dia em que violentamente o seu mundo se transforma?
O Filho de Mil Homens – Esta é a história de Crisóstomo que, chegando aos quarenta anos, lida com a tristeza de não ter tido um filho. Do sonho de encontrar uma criança que o prolongue e de outros inesperados encontros, nasce uma família inventada, mas tão pura e fundamental como qualquer outra.
As histórias do Crisóstomo e do Camilo, da Isaura do Antonino e da Matilde mostram que para se ser feliz é preciso aceitar ser o que se pode, nunca deixando contudo de acreditar que é possível estar e ser sempre melhor. As suas vidas ilustram igualmente que o amor, sendo uma pacificação com a nossa natureza, tem o poder de a transformar.
Tocando em temas tão basilares à vida humana como o amor, a paternidade e a família, O filho de mil homens exibe, como sempre, a apurada sensibilidade e o esplendor criativo de Valter Hugo Mãe.
A MINHA RECOMENDAÇÃO

As Invisíveis, historias sobre o trabalho de limpeza – Rita Pereira de Carvalho
«Sentes que quando és das limpezas te tornas invisível em relação às outras pessoas». O relato de Ana Isabel, de 25 anos, retrata o sentimento comum às treze mulheres e um homem que partilham neste livro o dia-a-dia de uma mesma profissão: as limpezas industriais. Esta obra revela a realidade ignorada de quem precisa de umas costas de aço, de braços bastante competentes e de força, não só física, para limpar o que os outros sujam, sem se preocuparem muito em lhes agradecer.
Tive conhecimento deste livro através do Instagram, e em boa hora. Podem encontra-lo no site da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Comprei este livro pela quantia simbólica de €4.29 com portes incluídos para aqui para o Reino Unido, e ainda me ofereceram outro livro, A Televisão e o Serviço Publico de Eduardo Cintra Torres.
Sobre As Invisíveis: Sempre tive e tenho o maior respeito pelas empregadas de limpeza. Este livro é uma homenagem à minha mãe que sempre fez tudo para que nao nos faltasse com o pouco que ganhava. Para mim, ela nao era invisível apesar de o ser para as senhoras para quem ela trabalhava sem contrato e sem recibos. Desde que as casas parecessem limpas, nada mais importava. O trabalho domestico é o único trabalho que só se nota quando não é feito.
“O trabalho das mulheres das limpezas não produz nenhum material.”
“Nenhuma mulher nasce empregada de limpeza, mas muitas nascem com uma ou varias vantagens sociais que permitem escolher outros caminhos, estruturalmente mais bem aceites e vistos com melhores olhos.”
“Enquanto trabalhadoras, eram como as outras. Reinvindicavam, lutavam, exigiam. Depois, chegam as encarregadas, deixam de exigir tanto, e quando chegam a supervisoras, acabou.” – É como se o poder lhes subisse à cabeça.
“Elisangela, Isaura, Ana, Carol, Paula, Feliciana, Francisca, Betina, Madalena, Ana Isabel, Vanessa e Susana sala as personagens que dão corpo às trabalhadoras das limpezas, a partir das quais descrevemos as varias situações-tipo ao longo dos capítulos que se seguem. Tratando-se de um livro sobre mulheres, há no entanto uma excepção: o caso de Ismário, que mora no último capitulo.
Este é um livro pequenino mas cheio de mensagens que se lê num ápice e nos deixa a pensar muito na vida.
Ja leram algum destes livros? 🙂
Que livros sugerem para comemorar o Dia do Livro?