Natal em Familia

Haverá coisa melhor na vida dos emigrantes do que receber o nosso país em nossa casa? Ainda por cima quando essas pessoas fazem parte da nossa familia, do nosso coração. Um Natal um pouco mais normal e especial. Um bocadinho de Portugal 🇵🇹 aqui em Londres. Os meus manos estiveram cá. Os tios do Louis. 🙂 Finalmente! Conseguimos abraçar-nos. E foi tão bom. O melhor desta pandemia é mesmo a união com os nossos. Porque Casa é onde estão os nossos.

O melhor disto tudo são as memórias que se criam para mais tarde recordar. 🙂

Ja não estava com os meus irmãos ha 5 anos. A nossa mãe faleceu em plena pandemia e eu despedi-me dela por telefone mas sinto-a todos os dias no meu coração e isso da-me um conforto muito grande. ♥

Só faz falta quem faz por estar e cada vez dou mais valor a isto 🙂

Sinto-me grata e abençoada por estes momentos nossos ♡

Como foi o vosso Natal?

Acordar depois da operação…

Quando acordei depois da operação comecei logo a falar português cá em Londres 🙂 e não, não foi como o meu marido, infelizmente, mas também valeu muito a pena 🙂 das coisas que acontecem que nos fazem bem à alma.

A Inês Rodrigues está cá em Inglaterra desde 2015, e tem um bebe de meses e outro de 2 aninhos. Tal como muitos outros, a Inês teve de emigrar pois em Portugal, já nao vivia, sobrevivia. Nos últimos tempos em Portugal, a folha de horas ultrapassava as 150 horas sem pagar e ela ja não tinha dinheiro para ir ao supermercado. 🙁 Escusado será dizer que ela aqui no NHS é muito mais bem tratada do que no SNS. Tem flexibilidade com as chefias para trabalhar quando o marido está de folga, para assim não ter de pagar um ordenado inteiro só para as creches. Independentemente disso ela aqui está muito melhor do que Portugal, chegando à conclusão que tao cedo não pensa em voltar ao nosso país, só mesmo de ferias.

Triste realidade não? Por muito que nos gostemos da nossa pátria, infelizmente não é isso que nos poe comida na mesa. E cada vez mais estamos agradecidos a Passos Coelho por nos ter sugerido emigrar ha quase 10 anos atras.

(Sobre)Viver com o Ordenado Mínimo em Portugal

Os meus pais viveram toda a vida e criaram três filhos com o ordenado mínimo abaixo dos 500 euros (antes de 2002 era em contos) , do meu pai, e os biscates da minha mãe, fosse a fazer tapetes de Arraiolos ou a fazer limpezas em casas de senhoras que lhe pagavam em dinheiro vivo sem passar recibos nem descontos. 🙁

Tal como uma destas senhoras a minha mãe matou muitas galinhas e coelhos para dar sustento à familia. Tenho muito orgulho na minha mãe e no meu pai também. Ainda hoje tenho saudades de comer coelho caseiro. Por muito que eu seja uma amante da Natureza ha coisas que feitas com peso e medida fazem parte. E a minha mãe sempre foi uma pessoa muito consciente com a Natureza. A minha mãe era uma amante da terra. Se todos fossem como ela, o planeta não estava na situação em que está.

E também eu vivi bastantes anos só como o ordenado mínimo, ou menos. Alias quando comecei a trabalhar no armazém de alta-costura, o meu vencimento era pago à semana no valor de 12.500$ em dinheiro vivo sem recibos nem contratos. Depois passei para uma confeitaria, já a contrato mas a receber 60 contos por mes, a trabalhar 7 horas por dia, 7 dias por semana com uma folga de 15 em 15 dias… era empregada de balcão, mesa e também faz limpezas com direito a 15 minutos de pausa para engolir uma sandes e um sumo… Ao fim de mais de um ano ganhei uma pneumonia e uma Depressão, que me deixaram na cama durante quase um ano..

De seguida arranjei emprego como administrativa no Porto, a receber 350€ por mes a recibos verdes nos durante quase 2 anos… eu trabalhava mais de 8 horas por dia e 50€ eram para o passe da camioneta 🙁

O ultimo emprego em Portugal foi mesmo o melhor, dentro dos possíveis, onde ja ganhava 700€ com direito a prêmios, apesar de ter sido de la com princípios de esgotamento pois o nosso chefe era bipolar e tinha dias que gostava de gritar connosco… 🙁 O pior de tudo foi o aborto que sofri em 2010 devido ao constante stress do trabalho 🙁

Gostava muito que nestes últimos 10 anos a vida no nosso país tivesse mudado pois nós temos um país tão bonito para se viver e somos um povo tão bom e humilde que acho que merecíamos muito mais.

Os Nossos “School-Run”

Uma semana sem carro. Uma semana diferente. School-Run é a expressão usada em inglês para idas para a escola. Como o carro teve de ir ao senhor doutor como explicamos ao Louis, tivemos de fazer os school-runs a pé ou de bus. Não foi fácil, apesar de eu gostar muito de andar, é muito difícil fazer isto com dores mas posso dizer que a prova foi superada. 🙂 Se for a pé é meia hora de distancia, uma vez que sempre tentei evitar o autocarro devido ao Covid. Mas como o Louis ainda é pequenote, e por muito que ele goste de caminhar ou de andar na sua scooter, é normal ele cansar-se muito depressa. Ainda por cima tem dois dias de EF na escola, e ele não pára, e chegando à noite, aterra logo.

Fiquem com o nosso registo fotográfico dessa semana 🙂

Costumam andar a pé? 🙂

Uma Viagem ao Museu dos Transportes de Londres

Ops la fomos nos outra vez 🙂 Aproveitamos que o Louis esteve uma semana de ferias e finalmente fomos ao LTM (Museu dos Transportes de Londres). Sim, após duas tentativas frustradas à terceira foi de vez. 🙂 Em Maio ja tínhamos ido ao Acton Depot como vos falei aqui.

Tal como eu, o Louis adora andar de transportes. E faz muito bem. Porque para alem de contribuirmos para ajudar o meio-ambiente, andar de autocarro ou comboio é sempre uma animação. Por incrível que pareça tenho saudades de fazer comutas. Só o facto de conseguir ler bastante, ja me deixa satisfeita e faz-me esquecer todos os stresses que envolvem a comuta. O ideal mesmo é andar a pé mas sei que nem sempre isso é possível. Eu tive a sorte de me deslocar a pé para o meu primeiro emprego. Eram 30 minutos de manha e 30 minutos ao final do dia. À beira-mar, que maravilha. Hoje tenho um filho que é o meu companheiro das caminhadas 🙂 Maravilha 🙂

O LTM fica situado na bonita zona de Convent Garden, uma das minhas preferidas aqui de Londres, e mal posso esperar para voltar lá e ver a arvore de Natal gigante e este ano há neve a cair durante as tardes, mesmo que seja neve a fingir, acho que é uma coisa muito bonita e mágica. 🙂

O Louis adorou a experiencia 🙂 fartou-se de correr, brincar, respeitou as filas e conduziu um red bus e um comboio da Elizabeth Line que ele adora ver passar aqui ao pé da nossa casa e chama de chuchu train 🙂 Divertiu-e tanto que no fim teve direito a um presente da loja do museu 🙂

Deixo-vos com uma visita guiada pelo Museu 🙂 Vejam bem estas belezas. Existem tantas curiosidades sobre o maravilhoso mundo dos transportes que sinto fica sempre algo por dizer 🙂

E ainda podemos ver um filme como se via antigamente 🙂 na parte de Hidden London que vale bem a pena conhecer.

Gostam de visitar museus? Qual é o vosso preferido? 🙂

O Nosso Cantinho Secreto…

na hora do school run.

A minha mãe costumava dizer: “não tenho medo dos mortos, mas sim dos vivos“. E eu sou como ela.

Enquanto estamos à espera que a escola abra, o Louis adora percorrer todos os recantos desta igreja que fica mesmo ao lado da escola. Aqui sentimo-nos em paz. E sabe mesmo bem começar o dia assim 🙂

O mais incrível é que quando era miúda tinha de passar o cemitério da minha terra a correr, ao anoitecer, porque os meus queridos colegas da catequese e da escola gostavam muito de me meter medo com historias de “gente que levava bofetadas” e ficavam com a cara marcada por passarem à em cemiterios… brincadeiras muito parvas que afectam a nossa saúde mental. Hoje em dia passo bem em frente a cemitérios, mas evito de noite apesar de ja nao ter problemas nenhuns com isso. Alias eu gostava muito de ajudar a minha mãe a limpar os jazigos de familia, se bem que passava a maior parte do tempo a correr o cemitério todo 🙂 Outra coisa que nunca gostei foi de estar “paralisada” no cemitério no dia 1 de Novembro, a levar com o cheiro nauseabundo das velas a arderem… Acho que é uma tortura. Nem a minha mãe gostava, coitada. A melhor parte do dia, era chego a casa e comer castanhas assadas.

O melhor destes momentos são as gargalhadas que o Louis dá e faz bem à alma vê-lo assim 🙂

Qual é vosso sentimento sobre cemitérios?

Deixem-se levar…

nas asas destas borboletas 🙂

Foram a nossa companhia destas ferias.

Sabiam que… A borboleta vermelha ou vermelha almirante é conhecida por simbolizar as almas dos mortos, a borboleta vermelha simboliza um espirito muito forte que nos está a guardar… isto para quem acredita nestas coisas, claro. 😉

Fomos uns privilegiados nestas ferias, sempre que chegávamos ao parque tínhamos estas belezas à nossa espera. 🙂

Costumam encontrar destas borboletas no vosso caminho? 🙂

Uma Aventura no Museu da Ciencia

Ops, fizemos outra vez e partimos rumo à aventura. 🙂 O Louis foi pela primeira ao Museu da Ciência e adorou, e não podia ser de outra forma pois ele adora tudo o que seja relacionado com o Espaço, o nosso planeta Terra, astronautas, comboios e computadores, claro 🙂 Escusado será dizer que estava nas suas quintas 🙂 Ele adora tudo o que sejam maquinas e botões 😀

Ja por aqui falei que os museus ca em Londres são maioritariamente gratuitos, por isso não percebo porque toda a gente vai a correr para o Madame Tusseaud quando vêm ca mas cada um sabe de si. Neste momento os museus gratuitos como Science Museum, National History, British Museum e o Victoria & Albert só estão a aceitar marcações online por causa da pandemia e neste caso pedem um donativo irrisório a partir de 5£, o que nos achamos muito bem porque os museus precisam de ser sustentados e de manutenção.

Para chegar à zona dos museus, situada em South Kensington, na Exhibition Road, bem proximo do famoso Harrods, podem apanhar a linha verde do Underground, a District Line em Ealing Broadway ou Paddington Station, sim a mesma que deu nome ao ursinho ternurento. Por ser domingo nos tivemos azar, porque esta linha estava em manutenções e tivemos de apanhar o autocarro 23, bem junto à estação de Paddington com direção ao Royal Albert Hall que é dos edifícios mais lindos da cidade. Acabamos por ter um passeio diferente com uma vista espectacular sobre a cidade londrina.

Royal Albert Hall

Deixo-vos com as fotografias que falam por si 🙂 Aprendemos tanto nos museus 🙂

Estes comboios foram nos mostrados por um senhor guia voluntario do museu muito simpático 🙂

O Louis também adorou a parte dos brinquedos e utensílios antigos 🙂 Muito old school o nosso menino 🙂

Outra das zonas que o nosso Louis adorou foi a dos aviões 🙂

E claro, que nao podíamos esquecer a zona da historia dos computadores e das comunicações para delírio do nosso pequenote 🙂

Uma das coisas que o Louis gostou bastante foram os jogos interactivos existentes no segundo piso do museu 🙂

E por ultimo, deixo-vos com a lindíssima exposição sobre os relojoeiros de Londres. Eu adoro relógios e vocês?

No fim fomos trincar alguma coisa no bar do museu e o Louis aproveitou para se deliciar com um gelado 😀

À espera do autocarro de volta a casa… O Louis pergunta se gostaram da nossa visita ao museu? 🙂

Gostaram da nossa ida ao museu? Qual foi a vossa parte preferida? 🙂 Fiquem atentos pois em breve vamos contar outras aventuras nossas 🙂 Estas ferias estão a ser cheias de emoções 😀

E vocês, costumam ir a museus? 🙂

Um dia perguntaram-me…

O que vi em ti. Namorávamos há pouco mais de 2 anos, estávamos prestes a fazer 3. Aquele numero do “vai ou racha” nas relações amorosas. Dizem as mas línguas que quando um casal faz 3 anos de relacionamento, ou terminam ou é para a vida toda. Na altura não me recordo se respondi à pergunta, apesar de eu saber a resposta desde o momento em que te conheci. Em ti, vi tudo. Desde o primeiro momento que sempre me senti bem na tua companhia, de uma forma tão natural que mais ninguém o conseguiu fazer anteriormente na minha vida. O que mais me atraiu em ti? O que sentido de humor natural e os teus olhos doces. A tua forma de ser genuína, única, coisa rara nos dias que correm. Se o nosso filho for como tu, não podíamos ser mais abençoados. Alias no nosso caso a genética funcionou na perfeição hehe 😀

Nós completamo-nos porque tu és melhor a falar e eu sou melhor a ouvir e isso é muito importante numa relação, porque nos ensinamos um ao outro 🙂

Hoje é o teu dia, meu amor, vamos coleccionar mais memórias para o nosso bau das recordações 🙂

À procura de Paddington…

Esta semana o Louis teve de ficar em casa em isolamento por motivo de ter havido um caso de covid na classe dele. Depois das aulas online aproveitamos e fomos à procura do urso Paddington.

Encontramos dois para alem daquele que ja conhecíamos na estação de comboios de Paddington. Sabiam que o famoso ursinho tem este nome por causa da estação?

O Louis delirou descobrir as replicas do urso e sempre que encontrava um abraçava-o, fazia-lhe festinhas e dava-lhe beijinhos. 🙂

Também adorou percorrer o Regents Canal e subir as pontes. Mas do que ele gostou mesmo, foram os narrow boats espalhados por todo o Canal.

Deixou-vos com as fotografias do nosso passeio 🙂

Prometemos voltar para procurar os restantes Paddington que estão também espalhados um pouco por toda a cidade londrina.

O primeiro mapa refere-se à zona de Paddington onde estão espalhados 20 cursinhos, e no segundo estão os restantes espalhados pela cidade.

Imagem da minha autoria
Imagem retirada do Google