Estou Por Tudo

Para hoje trago-vos uma musica que define o meu estado de alma no momento… 🙂 Por tudo mesmo, por causa desta pandemia que não há maneira de ter fim, por causa desta minha doença estúpida que não tem cura… por causa dos médicos que nao me ouvem ou teimam em não querer fazê-lo… Enfim, resta-me continuar a ter em mim e nos meus 🙂

Tenho um periquito dentro da gaiola
Que canta sempre que lhe dou uma Coca-Cola
Assobia os êxitos da rádio
Em dias de chuva canta um fadoLeio uma revista na diagonal
E consigo ver pra lá do meu quintal
Tenho um visão grande-angular
Que abarca tudo quanto cabe no olharQuando eu morrer talvez me esfume
Em vapor de céu azul
Talvez me purifiquem nalgum lume
Ou numa túnica de tule
Mas por enquanto eu nem me tenho dado assim tão mal
Pela Europa do sulViva o fado, viva o fado
Viva a vizinha do lado
Viva o fandango, viva o fandango
Viva o vira, vira o frango
Viva o entrudo, viva o entrudo
O gigantone e o cabeçudo
Que eu estou por tudo
Eu estou por tudoTenho uma amiga que se derrete
Sempre que me encontra na internet
Acho que me saiu a taluda
Às custas de um poema de NerudaCedo fui sugado pelo vortex
Das normas de algum algoritmo simplex
Embati de frente na tragédia
De ser meio classe média-médiaQuando eu morrer talvez me esfume
Em vapor de céu azul
Talvez me purifiquem nalgum lume
Ou numa túnica de tule
Mas por enquanto eu nem me tenho dado assim tão mal
Pela Europa do sulViva o fado, viva o fado
Viva a vizinha do lado
Viva o fandango, viva o fandango
Viva o vira, vira o frango
Viva o entrudo, viva o entrudo
O gigantone e o cabeçudo
Que eu estou por tudo
Eu estou por tudo
Eu estou por tudo
Eu estou por tudo
Eu estou

Ferias em Leituras…

Hoje trago-vos os livros que quero ou, melhor, espero ler nestas ferias. Dois deles são sugestões da Andreia do blog As Gavetas da Minha casa Encantada por me ter recomendado dois destes livros. 🙂 Ela sabe quais são 🙂

When Hitler Stole Pink Rabbit – Judith Kerr

Parcialmente autobiográfico, este é o primeiro da trilogia internacionalmente aclamada de Judith Kerr contando a inesquecível história de uma família judia que fugiu da Alemanha no início da Segunda Guerra Mundial.

Suponha que seu país comece a mudar. Suponha que, sem você perceber, tornou-se perigoso para algumas pessoas viver mais na Alemanha. Suponha que você tenha descoberto, para sua completa surpresa, que seu próprio pai era uma dessas pessoas.

Foi o que aconteceu com Anna em 1933. Ela tinha nove anos quando tudo começou, ocupada demais com os trabalhos escolares e com os gansos para dar atenção aos cartazes políticos, mas deles brilhava o rosto de Adolf Hitler, o homem que logo mudaria toda a Europa – começando com sua pequena vida.

Anna de repente descobriu que as coisas estavam indo rápido demais para ela entender. Um dia, seu pai estava inexplicavelmente desaparecido. Então ela mesma e seu irmão Max foram levados às pressas por sua mãe, em um segredo alarmante, para longe de tudo que eles sabiam – casa e colegas de escola e brinquedos amados – direto da Alemanha …

I Know What You’ve Done – Dorothy Koomson

E se todos os segredos de seus vizinhos caíssem em um diário na sua porta?

E se a mulher que o deu a você foi assassinada por uma das pessoas do diário?

E se a polícia perguntasse se você sabia de alguma coisa?

Você entregaria o livro dos segredos?

Ou … você tentaria descobrir o que todos fizeram?

Voices of Chernobyl – Svetlana Aleksiévitch – Depois de ver a serie e o filme sobre o acidente de 1986, quero muito ler o livro sobre o mesmo.

Em 26 de abril de 1986, o pior acidente com reator nuclear da história ocorreu em Chernobyl e contaminou até três quartos da Europa. Voices from Chernobyl é o primeiro livro a apresentar relatos pessoais da tragédia. A jornalista Svetlana Alexievich entrevistou centenas de pessoas afetadas pelo desastre – de cidadãos inocentes a bombeiros e aqueles que foram chamados para limpar o desastre – e suas histórias revelam o medo, a raiva e a incerteza com que ainda vivem. Composto por entrevistas em forma de monólogo, Voices from Chernobyl é um trabalho crucialmente importante de imensa força, inesquecível em seu poder emocional e honestidade.

Five Chimneys (Os Fornos de Hitler) – Olga Lengyel

Olga Lengyel conta, com franqueza e sem compromissos, uma das histórias mais terríveis de todos os tempos. Esta crônica verdadeira e documentada é o registo íntimo e diário de uma bela mulher que sobreviveu ao pesadelo de Auschwitz e Birchenau.

Tendo perdido seu marido, seus pais e seus dois filhos pequenos para os exterminadores nazistas, Olga Lengyel tinha pouco para viver durante sua internação de sete meses em Auschwitz. Apenas o trabalho de Lengyel na resistência subterrânea dos prisioneiros e a necessidade de contar essa história a mantiveram lutando pela sobrevivência. Ela sobreviveu por sua inteligência e força incrível.

Apesar de sua horripilante proximidade com o assunto, Five Chimneys não recua para a autopiedade ou o sensacionalismo. Quando publicado pela primeira vez (dois anos após o fim da 2ª Guerra Mundial), Albert Einstein ficou tão comovido com a história dela que escreveu uma carta pessoal a Lengyel, agradecendo por seu “livro muito franco e muito bem escrito”.

Este livro é um lembrete necessário de um dos capítulos mais feios da história da civilização humana. Foi uma experiência chocante. É um livro chocante.

Será que vou conseguir ler todos ou pelo menos algum deles? 😀

Neste momento só tenho livros em inglês mas no Natal espero ja ter os livros em português da minha wishlist, são eles:

*O Limpa-Palavras e Outros Poemas de Alvaro Magalhães

*O Filho da MãeHugo Gonçalves

*O Livro da TilaMatilde Rosa Araújo

*No Passado e No Futuro Estamos Todos Mortos – Miguel Esteves Cardoso

*Rosa Minha Irmã Rosa – Alice Vieira

Dois deles são para matar saudades dos tempos da escola primaria, conseguem descobrir quais são? 🙂

Espero que Pai Natal seja generoso comigo 😉

E se fosse comigo?…

Eu costumo fazer muitas vezes esta pergunta. E se fosse eu? A minha mãe passou-me esta mensagem: “Poe-te no lugar dos outros, filha, para saberes dar o valor“. E eu aprendi a ser assim. Ponho-me muito no lugar dos outros, às vezes ate me esqueço de mim. Se mais pessoas o fizerem a Pandemia resolve-se muito mais rápido. Pois o problema das pessoas é ser demasiado umbiguista, não acham?… Eu estou sempre pronta a ajudar, sempre a primeira a enviar um sms… mesmo quando as pessoas se esquecem de o fazer. Mas eu não consigo ser de outra maneira por muitas desilusões que tenha… Fico de coração cheio por poder ajudar. A minha alma fica mais leve.

Gostava tanto que as pessoas tivessem aprendido mais com esta Pandemia… mas infelizmente não vi isso a acontecer 🙁 As pessoas só revelaram aquilo que realmente são.

E é por isto que me revi no que a Jennifer Aniston, que depois de tomar as duas doses da vacina decidiu cortar relações com amigos que não estivessem vacinados ou que fossem anti-vaxxes… Pois é, eu confesso que fiz o mesmo. Fiz o que minha consciência disse para o fazer. Não preciso de dar satisfações a ninguém, apenas preciso de me sentir bem comigo mesma. E quando não me sinto à vontade com certas pessoas, prefiro sair de cena. Vocês ja sabem qual é o meu lema: Poucos mas bons. E assim continua.

Acreditem que nao fiz o que fiz de animo leve. Fiz por as pessoas ora disseram que o covid era igual a uma gripe ora que não confiavam nas vacinas porque não sabiam como estas feitas ou que não sabiam que efeitos estas causavam e porque vi algumas delas a partilharem posts anti-vacinas… por isso afastar é sempre a melhor solução e estou com a Jennifer 🙂

Por mais pessoas a porem-se no lugar dos outros.

Pensamentos Meus…

Manha submersa em neblina

Caminho sozinha pela rua,

A chuva morrinha refresca-me a cara

E faz-me acordar do meu estado zombie…

Deixo-me levar por vielas e calçadas

Vagueando meia perdida…

Sem rumo…

Até que a chuva pára

E os raios de sol abrem

Um lindo arco-íris

Por entre as nuvens

E despertam em mim

Um sorriso de esperança.

Válerie Bacot…

Esta mulher, Valerie Bacot, viveu o inferno na terra. Ela representa todas as mulheres vitimas de violência domestica. Depois de ter sido constantemente violada pelo seu padrasto na adolescência, foi obrigada a casar com ele depois de engravidar. Continuou a ser vitima de abusos e violações ate que o marido começou a ter conversas de caracter sexual com a filha de ambos, de 14 anos. Valerie nao aguentou mais e matou o seu agressor. Foi presa mas saiu recentemente em liberdade onde foi declarada inocente.

Não consigo imaginar o sofrimento de Valerie. Mas consigo entender o que ela sentiu quando se viu em Liberdade. Merecida. Agora ela pode viver em paz pois a besta que lhe roubou anos de vida desapareceu. Ja não existe. Foi preciso ela sujar as suas mãos para isso acontecer. Quantas não tiveram a mesma “sorte”. Infelizmente. Até quando as mulheres vão continuar a sofrer?…

Deixo-vos com a historia desta grande mulher.

Conheciam a historia de Valerie?

Vamos de ferias…

…mas o blog não. 🙂 Vou deixar alguns posts agendados para vos fazer companhia 🙂 Quem é amiga quem é? 😉

Vamos proporcionar uma experiencia única ao Louis, ele está super entusiasmado pois será a sua primeira vez… Curiosos? Estejam atentos aos meus dois Instagrams, @tilymay e @tilysthings pois mediante a minha disponibilidade e tendo internet eu vou tentar fazer alguns posts 🙂

Sigam-me para mais aventuras das boas 🙂

Deixo-vos com um dos meus livros preferidos da adolescência 😉

imagem retirada do Google

Atypical

Sabem aquelas series que não conseguem parar de ver? Pois, Atypical é uma delas. Eu sempre gostei de ver series sobre famílias, desde sempre. E agora que sou mãe, acho que gosto ainda mais.

Seremos nós os atípicos? É à conclusão que chego depois de ver esta serie. As pessoas no espectro do autismo parece que estão mais bem enquadradas no mundo do que as restantes, pois sentem muito tudo o que as rodeia.

Sam é um adolescente com traços de autismo, que busca romance e independência. A sua decisão colocar sua mãe num caminho de mudança de vida própria.

Eu tenho uma coisa em comum com Sam, também eu adoro pinguins, e dava tudo para poder fazer como Sam e viajar ate à Antártida, com o Louis e o Rui. 🙂 O frio não me assusta, muito pelo contrario. Detesto calor, por isso se ha sitio onde me iria sentir mesmo bem, era no polo sul do nosso planeta. 🙂

Ja viram esta serie?

Assim vai o mundo…

O que está a acontecer neste momento no Afeganistão é a prova viva de como uma medida tomada por um governante incompetente como Donald Trump pode deitar tudo a perder, e ainda deita as culpas para o actual presidente Joe Biden. Durante estes últimos 20 anos o povo afegão aprendeu a viver em democracia, aprendeu a viver como nós vivemos. Agora com a reentrada dos talibãs no país vai voltar tudo ao mesmo 🙁 Continuo a dizer que nao sei o que eles têm contra as mulheres a nao ser síndrome da pilinha pequenina, para mim é o único motivo 🙁

Deixo-vos com um testemunho de uma menina-mulher tirado do Instagram e com um podcast com o testemunho de um interprete afegão, Ahmadzai, que serviu militares norte-americanos e britânicos e está neste momento a ser ameaçado de morte pelos talibãs e não consegue ajuda de quem ajudou… Revoltante não?

E deixo-vos também com a lista de proibições talibãs relativas às mulheres, uma recolha da Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão e da ABC Internacional. terrível, não?

Confesso que estou triste e cansada de ver o mundo assim, mas enquanto tiver forças não me calo. Porque como ja disse muitas vezes aqui, quanto mais falarmos sobre os assuntos mais eco eles fazem. Por isso peço-vos, não se calem, por favor. Continuem a espalhar informação fedigna. Vamos continuar fazer a nossa parte para tornar o mundo melhor. Não se calem!

E no meio deste terror todo, encontrei os desenhos da artista afegã Shamsia Hassani que partilho aqui convosco para nos darem esperança e coragem.

E não nos podemos esquecer também do que o que está a acontecer na Argélia, país de origem da família do melhor amigo do Louis, na Grécia, no Haiti sao tudo consequências das alterações climáticas… Temos de ser cada mais conscientes dos nossos actos pois este planeta não é so nosso mas sabem pertence às futuras gerações e a todos as especies do que habitam neles. Os nossos pensamentos estão todos os povos que neste momentos estão sofrer e a perder tudo… Porque hoje podem ser eles, e amanha podemos ser nos. 🙁 Por um mundo, onde todos se coloquem no lugar dos outros.

Fiquem com este post que escrevi em 2017 em que falo que um mundo bonito começa em nós 🙂 Concordam?

Insólitos…

Para hoje trago-vos… um peixe com dentes humanos 😀

Esta espécie é extremamente difícil de apanhar e é conhecida por ter várias filas de molares na boca, que usa para esmagar ostras e outras presas como caranguejos. O peixe foi identificado como um bodião-gigante-da-Califórnia e apareceu no Estado norte-americano da Carolina do Norte.

Sigam-me para mais curiosidades 😀

O que aprendemos com…

…esta pandemia? Costuma-se dizer que é nos momentos difíceis que aprendemos a dar valor ao melhor da vida. Mas parece que a maioria das pessoas ainda não conseguiu atingir isto. Em vez de aproximar mais as pessoas, esta pandemia distanciou toda a gente… 🙁 Triste constatação. Não aprendemos nada com esta pandemia. Talvez seja por isso que não ha maneira de saírmos dela… 🙁

Parece que a Pandemia só serviu para mostrar o pior das pessoas. Muitas revelaram-se… infelizmente para mostrar o seu pior. 🙁

Mas calma nem tudo é mau. Felizmente aparecem pessoas que nos dão motivos para continuar a acreditar 🙂 No meio desta pandemia encontrei 3 pessoas nas redes sociais que me fazem continuar a ter esperança na humanidade 🙂 Um deles é português e é da minha cidade, Porto. De certeza que ja o devem ter visto pelas ruas da cidade 🙂

Eles são @lucaswithstranges @aurikatariina e @itssozer . Como disse o Lucas é português e após sofrer um assalto traumático que o levou a uma depressão, começou a ajudar e a arranjar formas de fazer as pessoas felizes nas ruas. O Samuel Weider aka itssozer faz o mesmo nos EUA. E a finlandesa Auri Katariina limpa casas a pessoas que precisam de borla 🙂 Eu adoro ver os videos dela no Youtube, relaxa-me tanto 🙂

Dedico este post à minha querida mãe que faria 69 anos hoje se estivesse entre nós. Ela foi e é um dos melhores seres humanos que ja passou por este planeta. Nao digo isto por ser minha mãe mas porque me deixou memórias, valores incríveis que sigo e seguirei até ao fim dos meus dias. O mundo precisa de mais pessoas como ela. Obrigada por tudo, mãe.

E vocês, o que aprenderam com a Pandemia? Concordam comigo?…