O Meu Avó e o seu Chapéu| 1. Desafio StorytellerDices D’As Gavetas

Quando era pequenina tinha o fascínio pelos chapéus do meu avô. mas nao podia tocar neles para não os estragar. Se calhar era por isso que me cativavam tanto, afinal o fruto proibido é o mais apetecido. Os chapéus do meu avô faziam lembrar o do Fernando Pessoa. E eu adorava ver o meu avô com o seu chapéu. Dava-lhe um ar importante. O meu avô era o meu herói. Com ele sentia-me segura e protegida. Talvez por ser muito alto e o chapéu ainda o fazia mais alto. Eu adorava passear com ele de mãos dadas. E gostava ainda mais quando me sentava com ele nos degraus da mercearia da esquina da rua de casa dele a ver passar as camionetas de carreira lá da terra. E volta e meia o meu avô punha o seu chapéu na minha cabeça e eu sentia-me muito feliz.

Imagem retirada da internet – Fernando Pessoa com o chapéu igual ao do meu avô

São estas memórias boas que fazem com que as saudades que eu tenho do meu avô que faleceu em 1999 com cancro de pele, com 79 anos.

Este foi o primeiro tema do desafio StorytellerDices criado pelo blog da Andreia Morais, As Gavetas da Minha Casa Encantada.

Storyteller Dices| A Bruxa e o Rei

Hoje trago-vos mais uma historia criada com a inspiração dos dados contadores de historias.

Lancei os dados e saíram estas palavras 🙂

Espero que gostem 😉

Imagem da minha autoria

Era uma vez uma bruxa tão má, mas tão má que vivia longe de tudo e de todos pois toda a gente tinha medo dela e ninguém conseguia se aproximar dela. Diz quem se lembra, que ela esconde um segredo que esta escrito numa carta que ela guarda religiosamente no seu livro de feitiços.

Certo dia o rei, que andava por ali a caçar, nas imediações do castelo da bruxa, decidiu aventurar-se e confrontar a bruxa.

-Que queres daqui?- perguntou a bruxa ao rei.

-Fiquei curioso e gostava de saber como te sentes por viver aqui sozinha longe de tudo e de todos…

-Aprendi a gostar e viver de estar sozinha para não fazer mal a ninguém…

-A ninguém ou a ti?…

-Sabes, eu tenho um segredo…

-Um segredo, como assim?…

-Sim, esta aqui guardado no meu livro de feitiços

O rei ficou ainda mais curioso, e num movimento rápido sacou do livro à bruxa, deixando cair a carta com o segredo dela. Esta apanhou a carta e disse em voz alta:

-Tenho a habilidade da transformação, posso me transformar ou aos outros naquilo que eu quiser. E a ti, rei, vou-te transformar num sapo!

-Croac! Croac! – exclamou o rei. – Porque fizeste isto?…

-Se me deres o teu maior tesouro, eu desfarei o feitiço – respondeu a bruxa – estas a ver esta ampulheta? O tempo dela é o teu prazo, e o feitiço só se desfará quando passar a estrela cadente.

-Aqui tens a minha coroa e o meu anel de diamantes do reino. – disse o rei.

-Não! – retorquiu a bruxa – Estas tão enganado, esse não e o teu maior tesouro…

O rei ficou confuso…

-O teu maior tesouro – continuou a bruxa – é a tua filha! A bruxa revelou que o seu maior segredo foi ter perdido a sua filha que morreu ainda criança com uma doença muita grave.

Num passe de magica, a filha do rei apareceu no castelo da bruxa. A princesa estava assustada, e ainda mais ficou quando ouviu o sapo falar: “Filha, nada temas” e este saltou para o colo da filha, que movida de coragem deu um beijo na face do sapo, e nesse mesmo instante o rei voltou à forma humana. Quanto à bruxa ficou tão furiosa ao ponto de ficar verde de raiva e se transformar ela própria em sapo e desaparecer nas profundezas da floresta.

O rei e a princesa voltaram aliviados para o seu castelo, e o seu povo pode viver em paz e sem medo.


Storyteller Dice| Mushrooms for Dinner

Hoje trago-vos mais uma pequena historia inspirada pelos dados contadores de historias. Espero que gostem 😉

Today I bring You another little story inspired by storytelling dices.

Hope you all enjoy it 😉

Imagem da minha autoria

Certo dia fui dar um passeio pelo campo e deixei-me levar pelo som das pegas. Elas levaram-me ate um sitio magico, cheio de cogumelos coloridos mas venenosos. Inconsciente, colhi alguns, pois decidi que seria esse o meu jantar. Cheguei a casa, salteei os cogumelos com espinafres, misturei ovos e fiz uma omelete. Abri uma garrafa de vinho e deliciei-me com o meu jantar. A dada altura comecei a sentir alucinações, seria do vinho ou dos cogumelos?… Adormeci e no dia seguinte despertei do sonho, como se nada tivesse acontecido com uma sensação de satisfação boa mas com um gosto estranho na boca…

One day I went for a walk in the countryside and I was carried away by the sound of the magpies. They took me to a magical place, full of colorful but poisonous mushrooms. Unconsciously, I picked some because I decided that this would be my dinner. I got home, stir-fry the mushrooms with spinach, mixed eggs and made an omelet. I opened a bottle of wine and delighted my dinner. At one point I started to feel allucinations, would it be the wine or the mushrooms? … I fell asleep and the next day I woke up from the dream, as if nothing had happened with a feeling of good satisfaction but with a strange taste in my mouth …

O que acham que me aconteceu? Deixo ao vosso critério o desenlace desta historia.

What do you think that have happened with me? I leave up to you the end of this story. 😉

Storyteller Dices| Desafio d’As Gavetas: Lábios

E hoje trago-vos a minha historia para o desafio criado pela Andreia do blog As Gavetas da Minha Casa Encantada. A palavra deste mês de Abril é:

Imagem cedida pelo blog As Gavetas da Minha Casa Encantada

Acordei com um sorriso nos lábios e um beijo do meu Rui. O sol brilha la fora O meu filho da-me um abraço sem contar com as suas típicas gargalhadas contagiantes, expressando um habitual: “Hey, Duggee!” dos seus desenhos animados preferidos. Tomamos o pequeno-almoço no pátio com o sol a despertar e a dar-nos beijinhos nos nossos rostos.

Saímos à rua para aproveitar o dia. Fomos até ao parque onde cumprimentamos todos com quem nos cruzamos, sorrisos atraem sorrisos, gentileza atrai gentileza e coisa melhor não há.

Ja no parque o Lu correu para o seu “castelo” onde se divertiu a contar os seus passos ate ao escorrega. Depois foi para os baloiços onde voou e deu as suas gargalhadas gostosas e contagiantes. Riu tão alto que chamou a atenção de uma menina da idade dele a quem ele deu um abraço tão forte e ofereceu uma pequena flor branquinha. A menina ficou muito feliz e contente.

De regresso a casa, o Lu desgostou-se com uma maça. Ele adora maças verdes e vermelhas.

O dia terminou como começou, com um beijo nos lábios do meu amor. Haverá algo melhor do que beijo na boca da pessoa que amamos?

E assim terminei o dia da mesma forma que o comecei, com um sorriso nos lábios. ♥

Espero que tenham gostado 😉 E vocês, que historias contam os vossos lábios? 🙂

Storyteller Dices| O Cavaleiro e o Gato Preto

Haverá ha coisa melhor do que criar/inventar historias? A Andreia do As Gavetas da Minha Casa Encantada inspirou-me e eu tive de adquirir uns Dados Contadores de Historias. Lanças os dados e fazes magia com imagens e palavra.

E a primeira historia surgiu assim:

Foto da minha autoria

Estava uma noite gélida, o nosso cavaleiro ja andava perdido há muito tempo, até que avistou uma pequena sombra que se movia lentamente pela floresta. A sombra parou quando o avistou. Ao chegar mais perto, o cavaleiro apercebeu-se que era um gato preto que se deixou afagar docilmente. Com a cabeça deu a entender que queria que o cavaleiro o seguisse. levou-o até a uma árvore, e junto desta estava um frasco de veneno… Mas não era um veneno mortal, era sim uma poção que dava super poderes, segundo o gato. O homem bebeu a poção a medo, e do nada sentiu-se mais forte. O gato voltou a guia-lo, desta vez, ate a uma casa assombrada. Sem medos, o cavaleiro entrou nela. À porta estava um punhal, pegou nele para se proteger, não fosse o diabo tece-las. Percorreu a casa toda, cautelosamente, ate que viu algo a brilhar no fundo das escadas. Esta rangia bastante mas o cavaleiro foi, mais uma vez sem medos mas sempre com cuidados ate chegar à luz brilhante. Ao chegar lá verificou que se tratava nada mais nada menos do que um anel brilhante. O cavaleiro ficou tao feliz com esta recompensa que agarrou no anel e fugiu dali o mais rápido possível. Não sem antes levar o gato com ele.

Gostaram da historia e da ideia? 😉