“Discurso nacionalista é muito marcado pelo ódio…” e violência. Como é que uma pessoa que não viveu no tempo do Salazar pede para existir outro Salazar? Será que esta pessoa não estudou a mesma Historia que eu? Como é que possível? Para alem de eu ter estado atenta nas aulas de Historia, tive uma mãe que odiou viver na época salazarista. A minha parte preferida da Historia do nosso país é, sem duvida, o 25 de Abril. Por tudo de bom que nos trouxe, pela lufada de ar fresco. Por podermos falar sem medos. Escrever sem medos. Dar a nossa opinião, sem medos. Que o povo não tenha sabido escolher bem os seus lideres, isso ja é outra historia. O povo foi iludido. Estava deslumbrado com uma coisa chamada Liberdade que ha muito não tinha. Compreensível. Aí culpa não foi do povo mas sim dos políticos corruptos que se aproveitaram dessa fragilidade das pessoas.
Uma das coisas que mais me chocou ditas por Manuel Machado foi este se mostrar indignado por ter sido condenado a 2 anos e meio de prisão por ter escrito um texto na internet… Uau! Será que este senhor sabe que no tempo do Salazar, muitas pessoas pessoas foram condenadas, presas e torturadas por escreverem textos e livros só por darem a sua opinião?
A conclusão que eu tiro disto, mais uma vez, é que infelizmente a ignorância tem mais voz que a Educação. 🙁
Finalmente alguém torna a cruz suástica uma coisa banal. Obrigado, Goucha. Obrigado, TVI. Impecável.
E a melhor resposta para este tipo de gente está aqui:
Apesar de tudo Manuel Luis Goucha e Maria Cerqueira Gomes estiveram muito na condução da entrevista.
E vocês, o que acham sobre este assunto?
4 thoughts on “Gente assim…”
Acho que quando há ignorância, as pessoas queixam se de barriga cheia. Posso dizer que deixei de ver o programa das 10 há algum tempo (pouco antes da Cristina se ter ido embora) porque sinceramente, parece que a produção perdeu um pouco a criatividade do entretenimento do programa. Curiosa como sou (e com certeza muita gente também o é) assisti ao programa e não o consegui ver até ao fim. Pareceu tudo muito forçado, teatral e muito pouco interessante. Essa entrevista com esse Senhor e com o Paco Bandeira foi sinceramente uma infeliz ideia. Dar voz e importância (na TV) a pessoas que nada contribuiriam/ contribuem para a melhoria da nossa sociedade (pelo contrário, que lesaram pessoas) é algo que não se coaduna com a minha forma estar.
Fico tensa sempre que alguém diz uma barbaridade dessas! E, infelizmente, não é o único a expressar esse pensamento. E o que me assusta é que, muitas dessas pessoas, ainda viveram em ditadura, mas parece que se esqueceram de tudo o que aconteceu. Uma das razões que mais ouvia é que, na altura de Salazar, havia mais respeito. Não, não havia. O que havia era medo, que é algo completamente diferente!
r: O primeiro contacto que tive com o Sinel de Cordes também não me deixou muito fã dele. Mas, há uns anos, comecei a ouvir algumas entrevistas dele e a estar mais atenta ao seu percurso e fiquei agradavelmente surpreendida
Acho que quando há ignorância, as pessoas queixam se de barriga cheia. Posso dizer que deixei de ver o programa das 10 há algum tempo (pouco antes da Cristina se ter ido embora) porque sinceramente, parece que a produção perdeu um pouco a criatividade do entretenimento do programa. Curiosa como sou (e com certeza muita gente também o é) assisti ao programa e não o consegui ver até ao fim. Pareceu tudo muito forçado, teatral e muito pouco interessante. Essa entrevista com esse Senhor e com o Paco Bandeira foi sinceramente uma infeliz ideia. Dar voz e importância (na TV) a pessoas que nada contribuiriam/ contribuem para a melhoria da nossa sociedade (pelo contrário, que lesaram pessoas) é algo que não se coaduna com a minha forma estar.
Pois la esta vens de encontro ao que eu pensei quando escrevi este post…
Fico tensa sempre que alguém diz uma barbaridade dessas! E, infelizmente, não é o único a expressar esse pensamento. E o que me assusta é que, muitas dessas pessoas, ainda viveram em ditadura, mas parece que se esqueceram de tudo o que aconteceu. Uma das razões que mais ouvia é que, na altura de Salazar, havia mais respeito. Não, não havia. O que havia era medo, que é algo completamente diferente!
r: O primeiro contacto que tive com o Sinel de Cordes também não me deixou muito fã dele. Mas, há uns anos, comecei a ouvir algumas entrevistas dele e a estar mais atenta ao seu percurso e fiquei agradavelmente surpreendida
Beijinho grande, minha querida <3
Realmente…acredita que eu sinto o mesmo. Confundir respeito com medo é uma coisa tao ignorante e retrograda. 🙁
Beijinhos*